Revolusa pretende resgatar a Portuguesa no ano do centenário
A Portuguesa está na Série A-2 de São Paulo. Não disputa campeonatos nacionais. Tem contrato com pouquíssimos jogadores. A dívida é enorme, coisa de R$ 600 milhões. As rendas são penhoradas. A verba da Federação também. A eleição presidencial será em 15 de dezembro. E quem é louco pra se candidatar?
Eu, responde com voz firme, sem vacilar, o empresário Luis Fernando Tomé, de 36 anos. Tem empresa de contabilidade, uma academia de ginástica e um escritório de coworking.
Ele tem chapa formada – Revolusa – e conta qual será o conceito básico de seu trabalho.
"Atualmente, a Portuguesa é cobrada. Nós vamos mudar. Vamos cobrar os jogadores. E isso só será possível com pagamento em dia. Todos vão receber até o quinto dia útil de cada mês", afirma.
O plano de trabalho tem três frentes e será baseado no sucesso de dois pilares: marketing e futebol.
"Meu executivo de marketing será Jorge Avancini, que fez trabalhos bons no Inter e no Bahia. O de futebol será o Marco Antônio, que foi capitão do time em 2011, quando ganhamos a Série B", explica Tomé.
Marco Antônio fez curso de gestão na CBF e conhece muitos jogadores. Avancini fará um trabalho de marketing baseado no centenário do clube. O trabalho conjunto permitirá a Tomé cumprir seu orçamento sem necessitar "passar o chapéu" aos abnegados de sempre.
"Pretendo separar as coisas. O futebol e o clube social terão centros de custos diferentes. O futebol vai se sustentar. Teremos patrocinadores e investidores".
Os eixos de trabalho são.
1) Curto prazo – A eleição e no último dia de novembro e só vamos assumir em janeiro, mas Tomé pretende começar a trabalhar em dezembro para montar o time. Ele já vai se responsabilizar pela folha fo pagamento de dezembro. Garante que não haverá atrasos. A pré-temporada será fora de São Paulo.
2) Médio prazo – Ele quer unificar todas as ações trabalhistas em uma única vara para poder gerir melhor a dívida.
3) Longo prazo – Cuidar da parte patrimonial do clube, depauperado. As piscinas estão soterradas
E como estará a Portuguesa daqui a três anos?
"Não tenho a pretensão de dizer que estará tudo certo, mas sei que estará melhor que agora", diz Tomé.
Pode parecer pouco para quem encabeça uma chapa cujo nome remete a revolução. Mas, não deixa de ser uma revolução um clube centenário voltar a ser respeitado como já foi um dia.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.