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Sincericídio de Carille não ajuda o Corinthians

Menon

14/10/2019 16h23

Fábio Carille tem sido muito sincero em suas entrevistas. Saiu do lugar comum dos treinadores. Colocou o dedo na ferida e tem feito críticas duras a todo o trabalho.

Ao dizer que o Corinthians fez apenas dez jogos em 63 realizados, ele superou a acidez de muitos críticos.

E esse dedo apontando para todo mundo, inclusive para si próprio, ajuda o time?

Contra o Independiente del Valle, o dedo apontou para jogadores jovens que enfrentaram um time "malandro".  Ora, o adversário tinha média de idade menor. E quem escalou os jovens?  E como fica a torcida, que adora Pedrinho e Vital?

O dedo girou e foi até Duílio Monteiro Alves e Andrés Sanches. Carille reclama da ausência de Gabigol, Rodriguinho e Roger Guedes. E, continua apontando. Carille diz que, com o elenco que tem, é impossível fazer Boselli jogar.

Ora, se não tinha os jogadores, por que contratar Boselli? Falta de planejamento? Falta de capacidade do treinador em fazer a bola chegar ao argentino? A culpa é só do elenco?

Carille fala também em elenco desequilibrado, sem jogadores agressivos, sem profundidade e sem o meia que flutua perto do centroavante (aka Rodriguinho, o grande objeto de desejo)

O elenco é tão fraco assim?

Quem montou?

Sugestões de Carille não foram atendidas?

Tantas acusações,  verdadeira metralhadora giratória, não ajudam a resolver os problemas.

Ou são apenas um grito de socorro?

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.