Ceni aparecer em bandeira na Europa é feito pra quebrar complexo na América

Bandeirão da torcida do Sporting Lisboa com menção a Ceni

A Europa se curvou diante do Brasil. O Mundo se curvou diante do Brasil.

A frase, repetida na minha adolescência, é um exemplo típico de viralatismo. Uma necessidade enorme de afirmação, de reconhecimento.

E tome a frase, a cada conquista de miss, de algum esportista, de algum filme. Olha, o mundo nos viu, o mundo nos aceitou.

E tem de reconhecer mesmo, principalmente quando o assunto é futebol. Nós somos muito bons. Nós somos ótimos. A História mostra, mesmo estando atrasados atualmente.

Então, quando Rogério Ceni é homenageado pela torcida do Sporting, sem nunca haver jogado na Europa, é algo para se comemorar. Não como uma genuflexão, não como um agradecimento, mas com a certeza de que somos excelência. Somos referência.

Leia mais sobre a história

A história da bandeira do Sporting é bonita. Trata-se de uma homenagem ao angolano Rui Jordão, ex-jogador do clube, falecido recentemente. Traz o nome de jogadores que, segundo a torcida, representam valores antigos do futebol.

E Rogério está lá, por sua fidelidade ao São Paulo. Lá na Europa, onde nunca esteve. Na Europa, que nunca nos vê. Para quem somos invisíveis. A Europa, que não coloca Gallardo como um dos grandes treinadores, que não coloca quem joga na América do Sul como passível de prêmios.

Ao reconhecer Ceni, a Europa não está se curvando ao Brasil. Está reconhecendo que existe vida de alto nível ao Sul do Equador.

Parabéns para a Europa.