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Carille caiu. E Fagner?

Menon

03/11/2019 19h11

Carille foi demitido após quatro derrotas e quatro empates. Quatro pontos em 24. Aproveitamento de 16,7%.

Não foi só por isso. Foi pela queda na tabela. Ladeira abaixo. Um novo treinador pode ser o coelho na cartola para levar o time ao G-6 nos oito jogos restantes.

E depois?

Mantém o tampão?

Ou já contrata outro para planejar o próximo ano?

O certo é que Carille não podia ficar. Sua passagem foi muito ruim, apesar do título paulista. O time jogava mal, mas ainda conseguia vencer.

Quando, de um mês pra cá, as derrotas se acumularam, não havia futebol que sustentasse. As derrotas eram fruto da ausência de futebol.

E o seu comportamento foi muito ruim. Deu entrevistas horríveis. Descuidadas ou bem calculadas. De uma forma ou de outra, colocou seus jogadores na frigideira.

Um dia, era um time de moleques, no outro, tinha vergonha do que via.

E, quando tudo está mal, o passado volta à tona. A saída para a Arábia foi mal conduzida. Negou e depois conformou. Disse que faria a liga da Arábia crescer e ganhar projeção.

Não conseguiu tirar nada dos três centroavantes: Love, Boselli e Gustagol. Disse que as contratações formaram um elenco que não permitia Boselli jogar. Contratou Régis e não escalou. Aqui, o erro está na contratação e não na falta de utilização do jogador.

A goleada contra o Flamengo teve um momento icônico. Assim que saiu o quarto gol, Cássio e Fagner pediram substituição. Duas referências. Dois jogadores de Copa. Cássio já havia parado o jogo por contusão, mas não Fagner.

Mano Menezes me disse uma vez que a dor faz parte do esporte de alto rendimento. Um não vive sem o outro.

Estranho o que se passou. A atitude que combinaria com a história que os corintianos cultuam seria Carille pedindo a saída de Fagner e ele se recusando. Aceitando apenas com lágrimas nos olhos.

Não foi o que se viu.

E os dois estão sob desconfiança da torcida.

Pode ser fim de linha, como um dia foi para Roger Galisteu.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.