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São Paulo precisa de um Andrés

Menon

13/11/2019 14h39

Os são-paulinos odeiam Andrés Sanches. Ódio mesmo. Referem-se a ele com um desagradável apelido, referente a espinhas no rosto. Ou pele pouco lisa, sei lá.

Andrés é a antítese do que os são-paulinos chamam de sãopaulinismo, um elenco de valores não listados, mas que envolvem linguajar de bacharel, voz baixa e cordata e impecáveis concordâncias verbal e nominal. São-paulino não engole esses.

Engole desaforo, engole ironia, engole descaso de jogador. Tudo, menos os esses.

Pois, um Andrés faz muita falta ao São Paulo.

Ele não fica quieto. Agora, está cobrando dos jogadores a presença do time no G-4, ao final do campeonato. E olha que o Corinthians está três pontos atrás do São Paulo.

O São Paulo não cobra nada, a não ser cinco reais para o torcedor ver a chegada do Maior Jogador da História.

Não há um projeto emergencial para levar o São Paulo a manter o quinto lugar na classificação, já que o Grêmio é inalcançável por esse grupo de jogadores. Diminuir o preço dos ingressos, prometer bicho, prometer multa, alguma coisa.

O São Paulo jogou contra CSA, Goiás, Fluminense e Furacão em casa. Ganhou UM, apenas um, somente um ponto em 12. OITO por cento de aproveitamento.

A crise está aí. Identificada. Alguma coisa precisa ser feita contra a apatia, amarelão, frouxidão, falta de compromisso.

O Andrés faria.

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.