Jesus: inveja e corporativismo não são xenofobia
Estava conversando com o amigo Fernando Duarte, nosso homem na BBC. Um lorde, que poderia fazer parte de Downton Abbey. E não como mordomo.
O assunto era Jorge Jesus, do seu Flamengo. Fernando disse que vivemos tempos de polarização e que ela aumenta quando o assunto é futebol e Flamengo. "Não gosto de adulação e nem do desdém", disse Fernando.
Adulação, segundo ele, é quando se compara o Flamengo de hoje com o de Zico. Desdém é o comportamento de outros treinadores.
Desdém é uma boa definição: "o Flamengo gastou 200 milhões, ele não era conhecido, só trabalhou em Portugal etc etc".
O que leva ao desdém? A inveja, o corporativismo e o medo do novo. Nossos treinadores estão presos a esquemas e comportamentos. Todos no 4-2-3-1 e todos arrumando a casinha antes de atacar e todos recuando após sofrer um gol.
O medo de uma invasão de estrangeiros após o sucesso de Jesus e Sampaoli mexe até com quem já não tem mercado, como Papai Joel.
Agora, não vejo xenofobia constante. Alberto Valentim, o técnico cai-cai, foi xenófobo. Foi o que vi até agora.
É preciso ter cuidado para não imputar aos treinadores brasileiros mais do que inveja.
Xenofobia é muito grave.
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