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Pancadaria no sub-17 precisa ter consequências duras. Doce ilusão

Menon

22/11/2019 08h44

Um dos clichês que os clubes adoram repetir é que não formam apenas jogadores. Formam cidadãos.

A pancadaria na final do sub-17 entre São Paulo e Palmeiras é uma oportunidade para provarem isso.

Antes que seja tarde, porque os garotos já incorporaram muitos vícios dos veteranos.

1) O São Paulo precisa ensinar seus jogadores que não é preciso comemorar provocando a torcida rival. É preciso saber vencer.

2) O Palmeiras precisa ensinar seus jogadores que eles são defensores do clube. E não dá torcida. Não precisam tomar as dores de torcedor e partir para a briga. É preciso saber perder.

3) O mais grave de tudo. Há denuncia de que um funcionário (ou diretor) do Palmeiras agrediu um jogador do São Paulo. Um adulto agrediu um menor de idade.

É gravíssimo. São Paulo, Palmeiras e Federação Paulista precisam se unir e buscar o agressor. Como? Procurem ajuda da Polícia, do FBI, da Interpol, façam alguma coisa. É hora de agir.

4) A súmula do árbitro é bem fraca. Assinala Garcia, do Palmeiras, como agressor de Lanza, do São Paulo. Garcia nega, fez até vídeo.

Então, São Paulo e Palmeiras? Vão fazer alguma coisa pela cidadania ou vão dar prêmio dobrado para valentões?

É uma ótima oportunidade. Será perdida como tantas outras.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.