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Wlamir ganha livro e inocenta pivôs brasileiros da NBA

Menon

01/08/2013 15h00

Um dos maiores e mais vitoriosos nomes do basquete brasileiro recebeu uma homenagem em vida, coisa rara por aqui. Foi lançado o livro Wlamir Marques, o Diabo Loiro, de Auri Malveira que conta muito sobre a vida do jogador escolhido como o melhor do Mundial de 1963, quando o Brasil ganhou o bicampeonato. Além de bicampeão mundial, ganhou por duas vezes a medalha de bronze em Olimpíadas.

Aos 77 anos, Wlamir espera, ansioso, pelo início da Copa América, de 31 de agosto a 11 de setembro, que dará quatro vagas ao Mundial de 2014. "Estou louco para começar. Gosto muito de trabalhar", diz Wlamir, que é comentarista da ESPN. Abaixo, a entrevista?

Ficou emocionado com o livro?

Fiquei feliz, é claro. Ainda não li tudo, mas já sei o que aconteceu. Ele fez um trabalho muito bom, entrevistou muita gente e pesquisou bastante. É um reconhecimento, mas não é o primeiro que fazem a meu respeito.

Há outro?

Sim, um historiador de Piracicaba chamado Moacir Nazareno pesquisou nos dois jornais de Piracicaba tudo o que foi escrito sobre mim, desde a minha chegada em 1953 até minha saída em 1962. É um livro mais histórico, esse é mais romanceado. Eu contei também a minha vida no Orkut. Está tudo lá.

Depois do XV de Piracicaba, o senhor jogou no Corinthians?

Sim, de 1962 a 1972.Em 1965, excursionamos na Europa e em janeiro de 1966 fomos recebidos pelo Papa. Esse período está bem retratado no livro também. Foi uma época boa do basquete brasileiro. Fomos bicampeões mundiais e ganhamos dois bronzes olímpicos. Foi muito bom.

É possível repetir?

Não. Impossível. Mas ninguém pensa nisso, o importante é que o basquete brasileiro fez um bom papel na Olimpíada e não pode ficar atrás. Tem de melhorar cada vez mais.

Quais foram os maiores jogadores estrangeiros que o senhor enfrentou?

Na Olimpíada de Roma, fora os americanos Oscar Robertson, Jerry West e Jerry Lucas.  No México, foram  outros dois americanos, o Spencer Halloway e o Joe White. O russo Sergei Belov também era bom.

E os brasileiros?

Todos da minha turma: Amaury, Pecente, Algodão, Rosa Branca, Edson Bispo, Ubiratan e muitos mais. Depois, teve o Marcel e o Oscar. O Marcel era mais completo e o Oscar, que era um arremessador incrível. Dos mais novos, gosto da turma que está na NBA.

E o Brasil tem chances na Copa América?

Sim, mas será difícil. Perdemos cinco pivôs que estão na NBA: Nenê, Varejão, Splitter, Lucas Bebê e Faverani, além do Augusto Lima. Estamos desfalcados nessa posição. Vamos ver se os outros países também.

O senhor fica decepcionado com tantos pedidos de dispensa?

Não. Isso é normal. Os jogadores agora tem um dono, o empregador. E os interesses desse patrão nem sempre são os interesses da seleção. Eles precisam obedecer, não há o que fazer, não tem discussão. São os tempos modernos.

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Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.


Menon