Kalil convidou Hélio Rubens para ser gerente do São Paulo
Menon
28/12/2013 19h13
Se Kalil Rocha Abdalla vencer a eleição de abril no São Paulo, ele convidará Hélio Rubens, atual treinador de basquete do Uberlândia para assumir o cargo de supervisor geral de esportes do São Paulo. O primeiro contato já foi feito ainda no primeiro turno do Campeonato Brasileiro. Ele partiu de Hélio. "Sou são-paulino e liguei para o Kalil, que é meu amigo, para dizer que o time estava precisando muito de uma palestra motivacional. Pedi que ele que falasse com Juvenal para que eu tivesse acesso aos jogadores. Cobro em torno de R$ 20 mil por palestra de 90 minutos, mas para o São Paulo seria de graça".
Não houve retorno de Juvenal, mas Kalil fez outra proposta a Hélio. "Ele disse que tinha chances reais de vencer a eleição e que gostaria de contar com meu trabalho como supervisor de esportes, porque havia gostado do que fiz no Vasco da Gama, quando o clube era uma potência olímpica. Dirigi 31 esportes e técnicos de futebol como Osvaldo de Oliveira e Joel Santana. Respondi que estou muito feliz com meu trabalho no Uberlândia e que poderíamos conversar em abril, quando estiver livre de compromisso, com o final do NBB. Foi emocionante receber esse convite do Kalil. A gente se conhece faz tempo, ele é de Patrocínio Paulista, cidade perto de Franca e o primo dele mora a 20 metros da minha casa".
Hélio acredita que não teria problemas de adaptação nesse cargo. "O primeiro é fazer um estudo sobre estrutura do clube, principalmente nas áreas administrativa e financeira. Depois, perguntar à diretoria quais são os objetivos do ano, o que se pretende realizar. Traçadas as metas, temos de ver o que é necessário para que as coisas possam ser realizadas. E começar a trabalhar. O mais belo de tudo é o trabalho, é ver as coisas saindo do papel. Eu digo nas palestras que o tempo cria rugas na pele e a falta de motivação cria rugas na alma. Motivação é tudo".
Ele acredita em avaliações constantes e muita humildade para que os resultados apareçam. "Eu via o São Paulo naquela situação ruim e me perguntava algumas coisas: 1) estão sendo feitas avaliações constantes, o que estou acertando, o que estou errando, estou melhor hoje do que ontem? 2) Essas avaliações podem levar em conta, por exemplo, as críticas da Imprensa. Não adianta rejeitar, é preciso ver o que está errado 3) o egocentrismo precisa ser extirpado para que nasça a preocupação com o bem comum. Em vez de me preocupar comigo, preciso me preocupar com o outro. Assim, o outro vai se preocupar comigo. E o grupo vai ficar forte. O grupo é que precisa ficar forte, não as individualidades. Será que havia isso no São Paulo? Não sei. Eu temi pela queda e acho que ela não veio por causa do ótimo trabalho do Muricy".
Hélio, de 71 anos, fala, por fim, a importância das categorias de base do São Paulo. "O trabalho ali é fundamental. Precisa ser muito bem feito, de maneira integrada com o profissional. Precisa revelar jogadores para reposição de peças e para arrecadação de divisas para o clube"
Sobre o Autor
Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.