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Julio Cesar não é problema. Fred e Oscar, sim

Menon

04/01/2014 16h48

Depois de nove meses na reserva do QPR (uma espécie de Mogi Mirim da Inglaterra) Julio Cesar foi escalado novamente – só porque o goleiro titular estava com o dedo machucado – e tomou quatro gols. E daí? E daí nada, pelo menos no que me diz respeito. Ele tem personalidade, é um bom goleiro e, com um bom tempo de treinamento, estará pronto para a Copa. Tem a confiança de Felipão e isso é ótimo.

Eu discordo dos que dizem que seleção é momento. Treinador de seleção é privilegiado. Pode escolher os melhores, não precisa lutar contra as deficiências do elenco montado pelo antecessor. Não gostou, troca. Aliás, eu tinha um chefe, Paulo Cesar Correia, meu grande amigo, que vivia dizendo assim: repórter é igual a mulher, se não gosto eu troco. Mentira dele, vive com a Marlene há mais de 35 anos.

Vou dar um exemplo: Se um treinador achar que o Adriano é o melhor potencial de centroavante do Brasil e quiser apostar nele, tem todo o meu apoio. Mesmo que eu não concorde. Faltando um ano para a Copa, convoca o cara, faz treinar, faz recuperar o melhor da forma física e coloca na Copa. São apenas sete jogos, é um campeonato de tiro curto, não precisa constância. Basta estar bem naquele período. Pode não dar certo, mas o que pretendo dizer é que treinador não deve estar à mercê do bom momento de algum jogador.

Por isso, Julio César não me preocupa.

Fred, sim. Esteve contundido por muito tempo em 2013. Fez uma boa Copa das Confederações mas só no final. Não o vejo à altura de centroavantes como Cavani, Suarez, Falcao Garcia, Higuain, Balotelli, Lewandowski, Ibra (que não vem), Drogba, Eto'o e outros.

E o pior é que não vejo outro centroavante brasileiro para substitui-lo. Jõ, Luís Fabiano (muitas contusões), Leandro Damião… Não foi à toa que Felipão correu atrás de Diego Costa.

Oscar também me assusta. Ele merece ser titular, sem dúvida, mas não o considero do nível de outros jogadores que estarão na Copa. Kaká, apesar dos últimos anos ruins, poderia acrescentar mais à seleção.

Mas, de uma forma ou de outra, somos um dos quatro favoritos.

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Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.


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