Mourinho e a genialidade construída também com jogos medíocres
Menon
22/04/2014 18h06
Mourinho não fez nada diferente do que Marcelo Veiga faria: montou um time com muitos zagueiros, infinitos volantes e vários laterais. Não conseguiu ao menos contra-atacar. Mas empatou fora de casa e está perto da final da Liga dos Campeões. Uma partida medíocre que acrescenta um tijolinho a mais na construção de sua fama de gênio, de estrategista cousa e lousa.
Se o Chelsea abdicou até do contra-ataque, o Atletico (não tenho intimidade suficiente para chamar de Atleti) não teve inspiração alguma. Atacou, cruzou, cruzou, cruzou etc e tal. Mas não teve um drible. Um drible para conseguir espaço. Uma tabela. Melhorou um pouco quando o Arda Turan entrou. E teve ainda aquele lance ridículo da tentativa de bicicleta. Um horror.
Esse jogo não acrescentaria nada ao atual estágio do futebol brasileiro. Até a pancadaria e o modo de pressionar o árbitro foram iguais.
Foi muito ruim. Alguém pode falar em estratégia, tática, esforço, combatividade. Pode, lógico. Não paga imposto. Mas que foi chato e ruim, foi. Muito.
Sobre o Autor
Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.