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O sonho acabou. CRB escancarou os defeitos do São Paulo.

Menon

24/04/2014 00h26

O CRB é conhecido como Galo. E o seu canto, incentivado por uma torcida fanática, se fez ouvir em Maceió. A vitória por 2 a 1, de virada, serviu para ofuscar o belíssimo gol de Ademílson e como alerta ao São Paulo. Será ouvido? Se não for – com urgência – nada será resolvido no Morumbi.

O primeiro aviso veio a um minuto de jogo. Bola perdida no ataque, lançamento rápido e cartão amarelo para Rodrigo Caio, que precisou fazer falta feia. Foi uma repetição de lances ocorridos no ano passado, na estreia de Paulo Autuori, contra o Vitória, na Bahia. Aquele jogo em que Lúcio pensou que fosse Beckenbauer e começou a pavimentar sua saída do clube.

Foi o suficiente para que algumas verdades surgidas no jogo contra o Botafogo desmoronassem. Os volantes, por exemplo. Souza e Maicon são jogadores técnicos e de passes de bom nível. Tocam a bola e empurram o time para o ataque. Atendem ao que se pede no futebol moderno. Mas, e a velocidade? E a pegada? No jogo contra o CRB não conseguiram impedir que Diego Rosa transformasse a vida da defesa em um inferno.

Não foram apenas eles. Faltou combate lá na frente, onde estavam Ganso, Pato, Boschilia e Douglas. Não adianta marcar no campo adversário e permitir lançamentos rápidos que pegam toda a defesa desprevenida.

Foi assim no primeiro lance do jogo. Foi assim no primeiro gol do CRB, quando Rogério precisou fazer o pênalti. Foi assim na injusta expulsão de Rodrigo Caio. E foi parecido no segundo gol, quando os atacantes entraram na defesa do São Paulo como faca quente na manteiga, como jovens de periferia fazendo rolezinhos em shoppings.

A atuação do São Paulo foi para matar torcedor bipolar: os mesmos que chegaram ao êxtase no domingo, agora devem estar lamentando Ganso, Pato, Douglas, Maicon, Souza etc. O céu se transformou em inferno.

E parece claro que, se é necessária a vinda de um atacante de área, mais claro ainda é que ela não é a prioridade número um. É preciso ter a opção de um volante que marque duro e que seja rápido. E um zagueiro. Um bom zagueiro.

Afinal, se o CRB foi bem melhor que o Botafogo, o Cruzeiro – mesmo que opte por jogadores reservas – é time para ser comparado com o Galo de Minas e não com o bravo Galo alagoano.

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Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.


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