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PCO sabe o que está errado no Palmeiras: exploração econômica capitalista

Menon

22/08/2014 14h56

O Partido da Causa Operária, um dos menores e mais radicais grupos comunistas do Brasil, tem na ponta da língua a causa de todos os males do Brasil. Saúde está mal? Educação não vai bem? Salário mínimo é baixo? A culpa é da exploração econômica capitalista e da crise capitalista mundial. Rui Costa Pimenta, seu eterno candidato a presidente prega redução da carga horária para 35 horas semanais e salário de mínimo de R$ 3500,oo.

Mas esse é um blog sobre esportes. O que faz o PCO aqui?

É que agora eles resolveram culpar a atual situação do Palmeiras a uma suposta decisão da diretoria de se vergar a uma campanha mentirosa contra as raízes do futebol brasileiro em prol do futebol estrangeiro. Critica a saída de Gílson Kleina e a vinda de Gareca, que montou, segundo o PCO, um time competitivo mas sem qualidade ofensiva. Tem muitos argentinos. Ah, e a culpa é da  exploração econômica capitalista sobre os times brasileiros.

A lição que fica: os comunistas do PCO não consideram o futebol o ópio do povo. É um assunto que lhes interessa. E talvez ganhem a simpatia de Emerson Leão, que nunca apreciou estrangeiros. Aguardemos agora a apreciação de Rui Costa Pimenta sobre os anos sem título do São Paulo Futebl Clube, seu clube de coração.

Abaixo, o texto do PCO.

 

Palmeiras é o primeiro time a sofrer com campanha mentirosa em prol do futebol estrangeiro
Palmeiras compra a ideia dos que não gostam de futebol de que o país tem que imitar e investir no futebol estrangeiro em detrimento ao futebol produzido no país e afunda para seu terceiro rebaixamento

Seguindo a ideia de colonizado dos "sábios" cartolas brasileiros de que o futebol brasileiro deve aprender com o futebol estrangeiro, a diretoria do Palmeiras se desfez sem nenhuma cerimônia do seu técnico Gilson Kleina – brasileiro que reergueu o time para primeira divisão do futebol brasileiro, para contratar um técnico argentino, Ricardo Gareca.

O argentino Ricardo Gareca chegou ao Palmeiras com a pompa de ser um técnico vencedor no time mediano do Velez Sarsfield da Argentina, e com carta branca para mudar o estilo de jogo do time.

Na bagagem, Gareca trouxe, além do estilo, vários jogadores argentinos, que hoje somam quase 10 estrangeiros ao time alvi verde.

O Palmeiras sob o comando de Gareca, em seis jogos do Brasileirão, ou seja, de 18 pontos disputados, conseguiu apenas 1 ponto, em um empate com o fraco time do Bahia, que amarga as últimas posições da tabela do campeonato.

A crescente campanha contra o futebol brasileiro que teve seu auge na Copa do Mundo está fazendo sua primeira vítima.

A Sociedade Esportiva Palmeiras, em pleno centenário de sua existência resolveu mergulhar de cabeça nesta surreal ideia de que o futebol brasileiro tem que aprender com o futebol estrangeiro.

Como no Brasil não existe capital suficiente para contratar os técnicos e jogadores superfaturados do futebol europeu, o Palmeiras foi buscar sua salavação no futebol do país mais europeu da América Latina, a Argentina.

A mudança do futebol do Palmeiras foi sentido de imediato, muita garra, muita marcação, jogadores dividindo a bola com muita energia, mas sem nenhuma qualidade, com uma técnica digno do futebol medíocre dos europeus. Muito jogador no meio de campo, mas que não sabe o que fazer com a bola.

Resultado, o time do Palmeiras é muito competitivo, mas não consegue ganhar há nove jogos no campeonato brasileiro. Povoou o meio de campo, mas sem nehuma qualidade técnica.

São várias derrotas, que só vem demonstrando que o futebol argentino, ou qualquer futebol no mundo não vai resolver a crise dos times brasileiros.

A crise está ligada à exploração econômica capitalista sobre os times, que não permite o desenvolvimento do nosso futebol a partir da capacidade técnica dos jogadores brasileiros forjados nas "peladas" dos bairros operários do Brasil.

Que a experiência do Palmeiras sirva de lição para os outros times brasileiros e principalmente para nossa seleção.

Que esse exemplo possa ser usado  no combate aos comentaristas de futebol no Brasil, que a mando das redações dos jornais da imprensa capitalista nacional, ligados ao capital estrangeiro, estão até agora enaltecendo o medíocre futebol que é jogado fora do país.

 

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Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.


Menon