Santos precisa respeitar Aranha e exigir prisão de torcedora
Menon
28/08/2014 23h11
O Brasil sempre foi e continua sendo um país racista. Foi o último país da América do Sul a abolir a escravidão. Nosso imperador D. Pedro II, que sonhava ser um intelectual, nada fez contra essa mancha social.
Atitudes racistas em estádio sempre existiram. Não é uma questão de agora. Não é uma questão do futebol. É o reflexo de um País. E, se hoje o assunto vem a público, se hoje um jogador como Aranha mostra que o problema existe, é porque há uma consciência nascendo. Sou otimista e acho que somos melhores do que já fomos. E seremos melhores ainda.
Já não é possível ofender sem que o ofendido reaja. Isso é um avanço social incrível.
Mas não pode parar aí.
Se os gritos de Aranha colocam luz na idiotia humana, não bastam para puni-la. Racismo é crime e o criminoso não irá para a cadeia apenas porque Aranha gritou e denunciou.
É preciso mais. É preciso ir à delegacia e fazer queixa crime contra a moça.
O Santos tem um departamento jurídico. Fazer o possível pela prisão.
A prisão pode ser uma maneira de educação.
Sobre o Autor
Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.