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Dilma, as meninas saltantes e o futuro do esporte brasileiro

Menon

27/10/2014 11h49

Ana Paula do vôlei (é a assim que ela se chama) diz que está de luto. Sheila diz que o Brasil vai virar Cuba e que ela não volta mais.  Ana Paula, quando estava na auge e apanhava das cubanas na bola e na porrada, foi ao Jô. E disse que não entendia como as cubanas saltavam tanto se nem havia comida em Cuba. Uma lady. As garotas saltantes falaram. Pouca gente ouviu ou deu importância.

As duas são representantes de um esporte brasileiro vencedor. São donas de altíssimo nível técnico. Recebem – receberam no caso de Ana Paula – muito dinheiro. O que é totalmente justo. Pena que o vôlei brasileiro tenha dificuldades, tanto que há um sistema de ranqueamento, que impede algumas jogadores de atuarem onde gostariam.

Outros esportistas, com Artur Zanetti e Sarah Menezes, campeões olímpicos, apoiaram e fizeram campanha por Dilma. O judô e a ginástica melhoraram muito a partir das medidas colocadas em prática pelo governo, como bolsa-pódio e bolsa-atleta. O mérito é todo dos atletas. Eles sempre tiveram potencial, têm capacidade técnica, têm força, são atletas que orgulham o Brasil. Mas não há dúvidas que tiveram meios de se dedicar ao esporte e assim renderem mais.

Há aí, uma divisão. Os que nunca precisaram do apoio do governo e os que tiveram suas potencialidades impulsionadas a partir de uma prática governamental. Os que não precisam, ficam de luto com a voz das urnas. Querem mudar de país. Os outros, apoiam o governo.

Por mim, o governo precisaria centrar fogo em duas frentes.

1) Fazer uma ótima Olimpíada. A organização cabe ao Rio, mas o governo precisa ajudar.

2) Radicalizar na massificação do esporte. Tão importante quanto uma bola Olimpíada é  a construção de quadras esportivas por todo o Brasil. É a realização de jogos de idosos, jogos da juventude, eventos que não privilegie o rendimento e sim a participação.  A saúde e não as medalhas. Quanto mais gente estiver praticando esporte, quanto mais gente tiver saúde, mais fácil será ganhar medalhas.

A massificação e o caminho.

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Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.


Menon