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Plim plim x Te dá asaaaaaas: uma briga que não tem santinhos

Menon

27/01/2015 12h19

O fato já é conhecido. A TVG (genial tirada do meu amigo GiovaniMartinelli @gmartinelli) transmitiu o jogo entre Palmeiras e Redbull e modificou o nome do time campineiro, que foi chamado de RBr ou algo assim. Pior, ainda, modificou o logo da empresa.

Ou seja, praticou mau jornalismo, assassinou o fato e deixou o financeiro se misturar com o editorial. Quanto a assassinar o fato, já fez pior. Em 25 de janeiro de 1984 chamou um ato público em favor das Diretas Já de comemoração do aniversário de São Paulo.

Qual a preocupação com a verdade? Quem, um dia no futuro, for procurar nos arquivos, não saberá que o governador Franco Montoro comandou aquele ato que iniciou e fortaleceu a campanha pela liberdade no país. E não saberá que o futebol brasileiro chegou ao ponto de ter um time com nome de bebida, sem torcida alguma.

E aí entra o lado B da história. O fato de o Redbull formar um time de futebol no Brasil como já fizera em outros países não significa um avanço no futebol brasileiro. Pelo menos na minha opinião. Eu me lembro quando o Luciano do Valle saudava o comandante Rollim  por bancar o XV de Piracicaba. Dizia que o futebol não poderia perder o Rollim. Perdeu. E daí? Mudou alguma coisa. Antes do Rolim, havia o Romeu Ítalo Rípoli a sustentar o XV. E hoje há Paulo Nobre no Palmeiras.

Uma pergunta: quando os donos da Redbull resolveram fazer um time no Brasil, eles pensaram

a) Vamos ajudar a desenvolver o esporte querido de tantos brasileiros

b) Vamos entrar no futebol brasileiro e difundir nossa marca na rede de televisão que tem grande parte da audiência sem gastar nada?

Eu, por mim, vou fechar o bloco – como diz o Vitor Guedes @vitão_guedes, aniversariante de ontem – quando houver um jogo entre Redbull x Tubaína.

O mesmo vale para empresas que patrocinam times de vôlei. São tratadas como mecenas, como salvadoras da Pátria, como aquela que garante a subsistência de nossos atletas. Ora, por que não patrocinam times tradicionais do esporte? Por que não colocam seu logo no time de volei do São Paulo, Palmeiras, Portuguesa, Corinthians, Santos? Ora, é muito mais fácil montar um time e esperar que os narradores da Globo digam seu nome durante uma hora, no mínimo. De grátis? Ah, vá.

É um assunto com vários lados. Acho muito passional tratar a TVG como vilã, como alguém que impede bondosos capitalistas de ajudar o desenvolvimento do esporte brasileiro. Muito simplista.

Quanto ao blog:

1) Vou falar Redbull. O mínimo possível, porque não gosto de time assim, mas como é uma realidade mundial….

2) Vou continuar falando Morumbi, Itaquerão e arena do Palmeiras. Torcedores do Corinthians ficam bravos. Dizem que os jornalistas, ao agirem assim, impedem ou no mínimo não ajudam o clube a vender naming rights. Ora, e por que eu tenho de ajudar? Não sou pago para isso. Não é minha função. E não tenho culpa da incompetência alheia ou da retração da economia que deixam o estádio sem nome.

3) Allianz Arena? Nem a pau. Eles dão desconto no meu seguro da casa?

Ih, será que eu sou como a Globo? Bem, se for, chegaremos à conclusão que a Globo não erra sempre

 

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Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.


Menon