Ataíde Gil Gerreiro se demitiu ou foi demitido? Os dois. Mas a ordem não interessa. Ele sai do cargo sem que caia sobre ele suspeitas de tenebrosas transações. Ele não tem namorada que leva 20% de comissão em patrocínio e seu nome também não foi citado em comissão de 15% sobre negociação com a Under Armour.

Aliás, antes da agressão, dias antes, teria havido uma dura discussão. Ataíde teria entrado  na sala de Carlos Miguel Aidar e exigido, aos gritos que ele assumisse a autoria da negociação com o zagueiro Iago Maidana. Ataíde não queria que o negócio mal explicado respingasse em sua reputação. Depois da conversa pouco amigável, Carlos Miguel assumiu a negociação e candidamente disse que não sabia que o jogador era do Criciúma.

Também não interessa a intensidade do murro. O importante é saber o motivo. Esperemos que o esmurrado ou o esmurrador contem o que houve no Radisson Hotel.

O que se sabe não se pode publicar. Muita gente fala ao repórter a mesma coisa. E a coisa é feia, triste, indigna da história desse clube. Indigna da história de qualquer clube. Até do Máfia Esporte Clube, se existisse.

Predomina no São Paulo a teoria da "farinha pouca, meu pirão primeiro". As pessoas que falam ao repórter o que está acontecendo não querem seu nome publicado. Lançam suspeitas, sem provas, de muita coisa errada, pecuniariamante falando, na diretoria e no marketing. E agora, o marketing pode assumir o futebol.