Aidar, mesmo afastado, sugeriu a Leco um substituto para Doriva
Menon
26/11/2015 21h58
Um dia após a demissão de Doriva, o presidente Carlos Augusto Barros e Silva surpreendeu-se com uma mensagem em sua caixa de e-mails. Era de Carlos Miguel Aidar, seu antecessor, sugerindo a contratação do português Jose Peseiro como novo treinador do São Paulo.
O pedido foi desconsiderado. Leco não poderia levar a sério um pedido de alguém que havia sido defenestrado do clube há alguns dias, sob pesadas acusações de corrupção.
E quem é Jose Peseiro?
O mesmo treinador que foi oferecido ao clube quando a contratação de Juan Carlos Osorio estava prestes a ser fechada?
E quem é o empresário de Jose Peseiro?
Hugo Garcia?
E quem mais Hugo Garcia empresaria?
Wesley, ex-volante do Palmeiras, que "pulou" o muro e tem decepcionado muito a torcida do São Paulo.
E de quem Hugo Garcia é amigo?
De Mariana Aidar, filha de Carlos Miguel Aidar.
A influência de Mariana sobre Carlos Miguel é grande. A denúncia de que ela tentava colocar jogadores no São Paulo, feita por Juvenal Juvêncio foi o início do rompimento entre Juvenal e Aidar.
No Morumbi, fala-se que muitas delas foram brecadas por Murici Ramalho, totalmente insatisfeito com o nível dos indicados. O lateral Yago Pikachu, do Paysandu, é um exemplo.
Mas a influência de Mariana não se limitava a indicar jogadores. Ela é uma lutadora da causa animal. Ajuda ONGs que cuidam de cães e faz campanhas para adoção de cachorros.
Por suas mãos, o São Paulo fez uma ação de marketing chamada Amigo Tricolor, no dia 27 de setembro, clássico contra o Palmeiras. Os jogadores entraram em campo conduzindo cachorros.
Até aí, tudo bem.
O interessante é que a camisa do São Paulo estava estampada com a propaganda de uma rede de petshops.
E, fontes do clube, garantem que a ação foi grátis. Nada entrou nos combalidos cofres são-paulinos.
Sobre o Autor
Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.