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Título não deve dourar a pílula. Trabalho de Marcelo Oliveira não é bom

Menon

04/12/2015 13h07

O Palmeiras conquistou, de forma limpa, um título muito importante. Justo? Há tempos não penso em justiça ou injustiça no futebol. Se não a temos nem na vida. Se o Santos ganhasse nos pênaltis, seria justo também. Se… Não há o que contestar no título verde.

Um título é importante por vários motivos. O principal, como diria o conselheiro Acácio, é por ser um título. Pronto. Não há necessidade de mais nada. Mas há mais coisas. A autoestima do torcedor. O reencontro com a massa palmeirense, que teve um papel lindo dentro e fora do estádio. O bilhete para a Libertadores. Mais dinheiro…

O título traz também para se planejar o próximo ano. E aqui há uma contradição. A tranquilidade conseguida pelo título não pode ser ofuscada pelo brilho do próprio título. Não se pode ser cego. Ou iludido ou ufanista. A verdade é que o trabalho de Marcelo Oliveira não é bom. Por favor, não pensem que defendo sua demissão. Não é problema meu.

O fato, porém, é que o Palmeiras não consegue ter um mínimo de estabilidade na defesa. Leva gols em quantidade. Foram 50 em 37 jogos no Brasileiro. O mesmo número de gols do Figueirense, dois a mais que o Goiás e quatro a mais que o Joinville. Apenas Vasco (54), Avaí (59) e Flamengo (51) foram piores.

Pode-se lembrar que o time jogou com reservas algumas partidas. Sim, mas que reservas são estes? Lembremos que foram contratados mais de 20 jogadores no início do ano. Dava para ter uma zaga melhor, não dava?

Amigos, podem dizer que eu estou me pegando em detalhes de um campeão. Um grande campeão, sem dúvidas, mas não são detalhes. É muito grave. Marcelo Oliveira precisa melhorar em 2016. O de 2015 ainda está longe do outro, que brilhou em 2014 e 2013.

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Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.


Menon