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Papai Noel abandona torcedor do São Paulo

Menon

26/12/2015 15h17

Todo garoto pobre tem direito de odiar o velho gordo, de roupa vermelha e barba branca. Não é fácil passar a infância ansiando por brinquedos que não chegam. Meu irmão, o Passional, precisou de psicólogo para tratar das dores na alma por conta de um bicicleta que nunca veio. Pior ainda, é quando o vizinho ganha embrulhos enormes, brinquedos motorizados e para você não chega nem um boizinho de chuchu.

O Papai Noel sobrevoou a Barra Funda e, sem a menor preocupação com o politicamente correto, escolheu o seu lado. O Palmeiras contratou Vagner, Roger Carvalho, Edu Dracena, Moisés, Rodrigo, Régis e Erik. Comparando com brinquedos, não há nenhum top de linha, nada que tenha vindo de Miami para alegrar jovens consumistas.

Mas, para quem não ganhou nada, fica a inveja. E ainda tem o Jean para chegar.

O são-paulino, descrente com Papai Noel, espera agora por alguma providência tomada por Papai Leco. Que ele atenda aos pedidos definidos na cartinha de Edgardo Bauza.

Está valendo tudo.

Até brinquedo, ou melhor, volante paraguaio.

 

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Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.


Menon