Palmeiras deixa São Paulo na poeira. Kelvin é a prova
Menon
01/02/2016 13h02
Um vizinho quer comprar um carro.
O outro se antecipa e fecha o negócio.
O primeiro, para reagir, compra um carro estrangeiro e diz que é melhor.
O carro estrangeiro não deslancha.
O carro brasileiro (o primeiro disputado pelos vizinhos), depois de um início titubeante, voa.
O primeiro vizinho, para fazer o carro estrangeiro funcionar, contrata motorista do mesmo país.
E, agora, compra outro carro. Justamente um carro reserva, que seu vizinho não quis mais.
São Paulo. Palmeiras. Dudu. Centurión. Bauza. Kelvin.
E o que eu acho de Kelvin? Não tem nada a ver com isso. É apenas o símbolo de uma situação.
Um bom jogador. Ofensivamente, se atrapalha por não passar a bola. Talvez por estar na reserva e por querer mostrar serviço, mostrou-se fominha no Palmeiras.
Kelvin consegue também um bom trabalho de recomposição pelo lado do campo, voltando para ajudar o lateral.
Pode ajudar o São Paulo, principalmente porque Wilder deixará o clube no meio do ano.
Mas, voltando à comparação entre as contratações. O Palmeiras, hoje está bem à frente do vizinho. Tem mais dinheiro. Pode contratar mais e antes.
Culpa e mérito de quem?
Lembremos o que disso o poodle da Cinira quando tirou Kardec do Palmeiras (uma jogada lícita e ousada, que só merece elogios).
"O Palmeiras é dirigido de forma juvenil", disse o poodle.
E, graças a ele e sua parceira de vida e negócios, tudo mudou.
Méritos para Paulo Nobre, o milionário que não é nada juvenil.
O São Paulo é quem corre atrás.
Sobre o Autor
Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.