Asterix derrotou o Palmeiras
Menon
10/03/2016 00h06
Há algumas maneiras de explicar a derrota do Palmeiras. O time abusou dos cruzamentos aéreos no segundo tempo. Houve desatenção nos dois gols. Houve falta em Cristaldo no segundo gol. Faltou tranquilidade.
Tudo bem, tudo correto. Tudo verdade.
Construiu uma dessas vitórias charruas. Vitória gaulesa, com Asterix e Obelix sitiados e vencendo os romanos.
Bons no jogo aéreo, fazendo muitas faltas, fazendo cera, mas com um coração enorme. Os puristas podem dizer que não é futebol. Pode ser. Mas é paixão. E paixão e imprescindível ao futebol.
Quanto à cera, o juiz deu cinco minutos de acréscimo nos dois tempos. Foram 100 minutos de futebol.
E Dudu falou a bobagem que "ninguém gosta de brasileiros". Mimimi. Lembremos que a falta de Leo Gamalho (vermelho) foi semelhante à de Zé Roberto (amarelo) logo no início. E que o brilhante Gabriel Jesus fez uma falta duríssima no primeiro tempo. Não levou amarelo. Em seguida, levou uma falta ainda mais dura que deu vermelho a Fucille.
Foi vitória uruguaia, com muita raça. E, que fique claro, o Palmeiras também foi um poço de boa vontade. Correu atrás da bola, teve amor e suor. Muito diferente das derrotas do São Paulo.
Agora, o Palmeiras faz duas fora. O Rosario faz duas em casa. E o Nacional faz três no Uruguai.
Sobre o Autor
Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.