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Ataíde: "Saí para não atrapalhar os sonhos do Leco"

Menon

22/03/2016 08h52

A gota dágua para a saída de Ataíde Gil Guerreiro do comando do futebol do São Paulo foi o empate com o Trujillanos, mas a decisão já estava sendo maturada e tinha a ver, é lógico, com as más atuações do time, mas não foi só isso. "O Leco sonha ser candidato em abril e eu só estava atrapalhando. A torcida me odeia, o Conselho não gosta de mim, estava sem apoio dos dois lados e ele me mantinha porque é um grande amigo. Então, eu o procurei e resolvi sair. Não é possível que só eu estivesse certo e todo mundo errado, não é mesmo"?

Para Ataíde, o time ainda não engrenou por conta de erros ainda do ano passado. "Tivemos muitos treinadores, não houve tempo para que desenvolvessem seu trabalho. E nós perdemos três jogadores muito importantes: o Ceni, que eu nem preciso explicar e os artilheiros Pato e Luís Fabiano. Podem falar que o Luís estava velho, estava no fim de carreira, mas ele fez gols salvadores para o São Paulo. Foi difícil nesse começo de ano conseguir substitutos".

E quem veio, já se foi. "O Kieza foi a grande decepção. Veio para ser nossa solução, para fazer muitos gols. Mas ele chegou e pensou que já seria ídolo, como foi no Bahia. Então, quando viu que a concorrência era grande, esmoreceu. Só reclamava e não conseguia impressionar nos treinos. E pediu para sair. Foi um decepção o comportamento dele".

Ataíde aposta em melhora do time rapidamente. Acredita que três vitórias seguidas afastarão as incertezas. E acredita que elas virão rapidamente, unindo o Paulista e o Trujillanos. Para ele, Bauza ainda merece todos os créditos. "Ele é um grande treinador e já melhorou o time em alguns aspectos e precisa ter tempo para trabalhar. Falam que ele insiste com o Centurión e eu apoio. Acho que ele é um craque, quando a gente vai até a Argentina vê como ele é considerado. A torcida precisa ter também calma com o Denis. Ele errou em não sair do gol naquela bola do empate do Ituano, mas ainda dará muitas alegrias ao clube".

O novo cargo de Ataíde é vice-presidente de relações institucionais. "Foi um cargo inventado para mim", diz com sinceridade. Não que isto signifique algum tipo de sinecura. Ataíde quer trabalhar muito. "Eu vou cuidar de tudo que se refere de relacionamento com a Federação e a CBF, além de contratos. Gosto desta parte. O futebol é feito pelos clubes e os clubes é que precisam ser fortes. Meu sonho é a gente conseguir uma união para negociar conjuntamente com a Globo. Isto seria muito importante para o futebol brasileiro em seu todo".

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Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.


Menon