Clima quente. Fora e dentro de campo
Menon
31/03/2016 13h23
Futebol é paixão. E um jogo de futebol é o caminho lógico para que outras paixões sejam externadas. Na Copa do Mundo, foram comuns vaias e ofensas misóginas à presidente Dilma. Agora, com o atual clima político, as vaias voltaram. O ex-presidente Lula também é vítima delas. Mas há gente que está se posicionando, se não a favor de Dilma, contra o processo de impeachment, comandado por Eduardo Cunha, que pretende abreviar seu mandato.
A repórter Gabriela Moreia flagrou uma faixa conjunta das torcidas organizadas de Flamengo e Vasco no jogo de Brasilia.
A torcida do Furacão, há algumas rodadas, levou uma faixa de apoio ao procurador Sérgio Moro, considerando-o como um herói.
É muito importante que os campos de futebol sejam palco de manifestações políticas em um momento que o Brasil vive grande discussão sobre seu futuro.
Mas o futebol é tão apaixonante que causa discussões não apenas dentro de campo.
Defendeu seus pontos de vista em público, abertamente, abrindo um pouco de luz sobre negociações financeiras que sempre, principalmente quando envolvem muitos milhões, ficam na penumbra.
A Globo vai responder? Tomara.
Que a discussão entre as gigantes da televisão resulte em avanço do futebol brasileiro, com muito dinheiro nos cofres dos clubes e que – sonho meu – os nossos craques continuem por aqui por um bom tempo. Que não saiam do Brasil ainda imberbes.
E que a discussão política sirva para que o Brasil cresça, para que as pessoas aprendam a conversar, sem rancor e sem ódio.
A luta pelo mandato de Dilma vai terminar. O Brasil vai continuar. E pouca gente deseja que nosso país se transforme em um Fla Flu do ódio, em que uma médica decida não atender uma criança porque sua mãe é de um partido que a doutora odeia. Mas isso está longe de acontecer, é apenas uma ilação, uma distopia.
Viva o Brasil.!!!
Sobre o Autor
Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.