Bauza: "Cueva é desequilibrante nos 30 metros finais"
Menon
03/06/2016 21h11
Edgardo Bauza deu uma entrevista ao El Commercio, principal jornal peruano e não economizou elogios a Christian Cueva, o novo contratado do São Paulo. "Há muitos motivos por ter me interessado por ele. É um jogador que pode jogar pelo lado do campo, pelo meio do campo e pela esquerda. Me dá muitas possiblidades".
O treinador explicou o motivo da contratação, mesmo sabendo que Cueva não pode disputar a Libertadores: "Ele é desequilibrante nos últimos 30 metros de campo. Precisava de um jogador como ele no elenco, mesmo estando fora da Libertadores.
Bauza diz que tem conhecidos no Peru e no México e que todos deram boas informações sobre o grau de profissionalismo do jogador, que tem o apelido de Aladin. Uma das recomendações foi de Ricardo Gareca, ex-treinador do Palmeiras e que atualmente dirige a seleção peruana.
Foi Gareca que confiou em Cueva, quando ele ainda estava no Alianza e era um jogador contestado. Com apoio do treinador, Cueva foi destaque na Copa América do ano passado, quando o Peru surpreendeu e ficou em terceiro lugar. Então, Gareca disse que Christian Cueva devia servir de exemplo para jovens jogadores peruanos.
No vestiário, após o jogo, foi sincero. "Peço desculpas à torcida. Eu caguei tudo".
Recebeu uma chuva de críticas pela Internet. Vários memes. Um deles o unia ao zagueiro Zambrano, que também havia sido expulso em outra partida. A reprodução está abaixo.
Um vídeo viralizou no Peru. Um garoto de dez anos chorou muito após a derrota. "Eles são muito mais rápido que nós", dizia o garoto. Cueva, então, publicou nas redes sociais um pedido de desculpas ao garoto. "Quando tinha a sua idade eu também sonhava em ver o Peru no Mundial. Não consegui, mas vou lutar muito para que você consiga".
A partir daí, Cueva mudou. Tornou-se mais responsável taticamente. Sua transferência para o São Paulo foi muito lamentada pelo Tigres, que gostaria de tê-lo ao lado do francês Guignard.
Sobre o Autor
Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.