Tricolor caminha para uma situação grave
Menon
11/06/2016 23h55
Os dirigentes do São Paulo tem verdadeiro pavor de uma situação que pode se concretizar, caso o time não reaja no Brasileiro. Ninguém gosta nem de pensar na possibilidade de o time estar muito mal no Brasileiro às vésperas dos jogos contra o Atlético Nacional, pela Libertadores, o primeiro deles em 6 de julho.
Se o time estiver mal, dois desdobramentos aparecem:
1) Uma pressão muito grande para eliminar o Nacional.
2) Em caso de eliminação na Libertadores, o time ficaria sem opções no ano, a não ser lutar por um G-4 e pela Copa do Brasil.
E é preciso mudar para que a situação limite não ocorra.
Em sete rodadas, o São Paulo está a seis pontos do líder. É muito, considerando-se que esta é apenas a sétima rodada.
E como poderia ser diferente, se o time fez apenas seis gols em sete jogos?
Perdeu três das últimas sete partidas. No Brasileiro.
Perdeu cinco das últimas dez, unindo-se Libertadores e Brasileiro?
Na Libertadores, o São Paulo avançou com méritos indiscutíveis. Méritos baseados na teoria dos jogos de 180 minutos. Você vence em casa sem sofrer gols. E perde fora, fazendo gols.
No Brasileiro, os jogos tem 90 minutos. E o São Paulo não está lidando com isso. Está errando muito.
Contra o Furacão, terminou o primeiro tempo com domínio total. 69% de posse de bola. E vitória por 1 a 0. O Furacão avançou Otávio, passou a dominar e o São Paulo não soube sair. Mesmo assim, teve duas boas chances. Kardec perdeu um gol feito, sem goleiro, ao escorregar. E veio a virada.
Há pontos a se ponderar. O time está muito desfalcado: Rodrigo Caio, Ganso, Michel Bastos, Mena e Calleri. Sem contar Hudson.
Cueva, o reforço, ainda não pode jogar. É bom torcer por uma vitória do time de Dunga hoje.
Mesmo com tantas ponderações, há que reagir. Os gols precisam sair. Mais reforços precisam chegar. A lateral esquerda está desguarnecida. Kardec está muito mal.
E Bauza, a meu ver, errou contra o Furacão. Kelvin saiu por contusão, tudo bem. Mas eu teria apostado em um time mais leve, com a manutenção de Ytalo e a saída de Kardec. Ou então, a saída de Thiago Mendes.
Se não achar soluções rapidamente, Bauza e o São Paulo ficarão com apenas uma carta na mão: a Libertadores.
Se ela não der certo, será como o sujeito que se vê pendurado apenas no pincel, quando alguém tira a escada.
Sobre o Autor
Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.