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Tite e Leonardo serão cúmplices da CBF. Mancha enorme no currículo

Menon

15/06/2016 06h00

No futebol brasileiro, busca-se desesperadamente um diferenciado. E não é difícil merecer o epíteto. Basta ao ex-jogador caprichar na conjugação dos verbos, não engolir os esses na hora do plural e…pronto. Temos um diferenciado. Se encaixar uma mesóclise, então….vira rei.

Depois da mediocridade Dunga/Rinaldi, há um certo alívio com a chegada da dupla Leonardo/Tite. São diferenciados que podem ajudar a seleção a achar seu rumo.

Diferenciados?

Nada disso. Diferenciado, no momento, é recusar o trabalho junto à CBF. A régua é essa.

Como disse meu amigo Luis Augusto Monaco, os treinadores do Brasil deveriam assinar um documento dizendo que não aceitariam trabalhar com a entidade dirigida por Marco Polo del Nero. Que substituiu Marin. Que substituiu Ricardo Teixeira. Que substituiu João Havelange. Uma dinastia de péssimos dirigentes, suspeitos de falcatruas e roubalheiras.

Tite fez mais do que isso. Assinou um documento público pedindo a renúncia de Del Nero. E agora vai trabalhar junto com ele?

Bem, não há nada a estranhar. Tite disse que não aceitaria trabalhar com o Kia. Aceitou e foi demitido pelo iraniano. Gravou depoimento de apoio a Marcelinho Carioca, candidato a vereador, e ficou de bico quando o vídeo foi parar no horário político.

Leonardo foi dirigente do PSG e levou uma suspensão de 14 meses por agredir um árbitro.

Diferenciados? Só se for pelo bom uso da última flor do Lácio. Leonardo fala rapidamente, como um locutor de hipódromo. Tite fala pausadamente, como um pastor. As coletivas serão interessantes.

Leonardo e Tite acham que vão mudar alguma coisa na CBF? Trabalhar por dentro do "monstro"? Não acredito. São diferenciados, mas não são ingênuos.

Quanto à seleção, acredito que vai melhorar. Tite é um bom treinador. Com os atuais jogadores, vai fazer a seleção jogar bem e conseguir a classificação. Não espero beleza e plástica, mas pragmatismo vencedor. Já é um grande passo em relação ao pragmatismo perdedor de Dunga.

Em campo, Leonardo e Tite poderão ser os salvadores do futebol brasileiro

Fora dele, serão cúmplices da dinastia criminosa que nos governa desde o século passado

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Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.


Menon