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Vanderlei Cordeiro da Paz. RGGT aprisiona evento

Menon

06/08/2016 10h26

A escolha de Vanderlei Cordeiro de Lima para acender a pira olímpica foi um ato de louvor à magnitude do perdão. Muito importante em um mundo onde o esporte se alimenta de doping e de naturalizações forçadas – países comprando seres humanos – é importante homenagear um homem que encarna a ideia de que o importante é competir. Mesmo que tenha sido impedido de vencer – suas chances diminuíram muito – por um ato insano de um cretino em uma Olimpíada mal organizada. Ah se fosse aqui… Ah se fosse aqui que uma atleta de alto nível tivesse suas varas perdidas pela organização…

Eu homenageio Vanderlei por ser um símbolo da paz. Mas ainda acho que ele deveria ter ido para a guerra em 2004. Denunciar a organização, reclamar, botar a boca no trombone. Convenhamos, porém, que seria difícil. Nunca que os nossos dirigentes ousariam defender um atleta junto ao COI. Nunca enfrentariam seus iguais. Precisavam de votos. Ou, além disso, para que serve um atleta? É apenas um complemento para a vaidade deles.

O anúncio de que Vanderlei seria o escolhido foi feito no Jornal Nacional. Como o anúncio de que Yane Marques seria a porta bandeira foi feita no Fantástico. É o poder da grana. A RGGT não cobre a Olimpíada. Ela organiza, ela é parceria, ela decide e define. Aprisiona o evento. Ou alguém tem dúvida que, se Paula trabalhasse para a Globo ela não estaria na festa da abertura? E Ana Mozer?

 

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Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.


Menon