Newton do Chapéu é o homem que festeja com a Independente
Menon
30/08/2016 06h05
Leco não citou nomes, mas com certeza Newton Ferreira, no Newton do Chapéu, candidato derrotado na última eleição, festejou com a Independente dias antes da invasão. O que não significa que tenha incentivado o ato criminoso.
É possível confirmar a festa no facebook de Newton do Chapéu. No dia 21 de agosto, ele adicionou quatro fotos e um vídeo de sua visita à quadra da Independente. Ele faz uma defesa da torcida. "Estamos acompanhando o samba 2017 da Escola Torcida Independente. O torcedor é o nosso maior patrimônio, SPFC, Ministério Público e Independente devem conversar para encontrarmos um caminho, (sic) e equacionar todas as questões".
Nas fotos, ele posa com membros da torcida, com Dario Pereyra e com Fabi Ferreira, sua filha.
Ela é candidata a vereadora na próxima eleição. O pai a apoia, como não poderia deixar de ser, entusiasmadamente. Entre as qualidades da candidata, ele cita "jovem comunicativa, inteligente, preparada" e termina assim: "é gente boa, é gente nova, é gente nossa"!
Ele ainda coloca um santinho virtual da filha, abraçando um cachorro (ela é veterinária) e as seguintes palavras. "Apoio do NEWTON DO CHAPÉU". Deputado Federal. Suplente.
A última afirmação é contraditória. Ele foi candidato pelo PSDB, que elegeu 13 deputados. Papa, ex-prefeito de Santos, foi o eleito com menos votos: 117.590. Newton do Chapéu teve 2.702 votos. Um suplente que só assumiria a vaga se houvesse desistências em massa. Uma hecatombe.
Como candidato a presidente do São Paulo, ele teve 36 dos 193 votos apurados.
Sua última postagem no facebook, mostra que não concordou com a invasão. "Eu como membro da Oposição, afirmo: Somos radicalmente contra atos que venham agredir/denegrir a instituição SPFC e esperamos que as autoridades públicas façam seu trabalho e esclareçam todos os fatos (…) Nossa luta é pela legalidade
Sobre o Autor
Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.