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Roth e Renato, os renegados, merecem uma reflexão

Menon

20/10/2016 08h21

Celso Roth e Renato Gaúcho classificaram Internacional e Grêmio, respectivamente para as semifinais da Copa do Brasil. Podem, inclusive, fazer um eletrizante Grenal na decisão. Mesmo que percam na semifinal, levam a uma reflexão sobre as verdades absolutas no futebol.

As contratações de ambos, recentemente, foram tratadas como uma viagem ao passado. Como um crime de lesa-futebol. E olha que Renato já ganhou uma Copa do Brasil e que Roth já ganhou dois gaúchos e uma Libertadores.

Renato foi criticado por não ter feito cursos desde que deixou seu último clube há três anos. E a rejeição a Roth aumentou ainda mais quando ele disse que: 1) não gosta do estilo do Barça de Guardiola, com muito passe horizontal e que 2) esse esquema ainda se mantém.

Quanto à primeira afirmação, nada de errado. É a opinião dele. Ele não disse que Guardiola é marketing.  Disse que prefere o futebol vertical. É uma visão possível, é um direito dele.

Quanto à segunda, realmente é um erro. Mostra que ele não está atualizado.

Bem, e daí?

Há um único modo de se ver futebol? Não se pode fazer sucesso com um estilo diferente do festejado? Simeone, é igual a Guardiola?

Não sou eu que vou dizer que Renato e Roth são gênios do futebol. Mas não sou eu que precisa dizer agora que eles não estão indo tão mal como disseram que iriam ser. Foram condenados sem direito ao contraditório.

Roth conseguiu que o time tivesse uma grande empatia com a torcida. Há uma união que possibilitou três vitórias seguidas em casa e a criação do sonho de fugir do rebaixamento. Renato também mudou o Grêmio. O time estava em queda – nada comparada com a do Inter – mas melhorou e muito.

Os seus erros são maximizados. Seus acertos são relevados.

Vai dar certo até o final do ano? Vai dar certo em 2017? Não sei. O que eu sei é que é possível fazer um trabalho honesto mesmo sem ter feito curso na Europa e mesmo sem ser fã de Guardiola.

 

 

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Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.


Menon