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Leco, Galiotte e Andrade: três presidentes enfrentando fogo amigo. Amigo?

Menon

25/01/2017 05h00

Os presidentes do São Paulo, Palmeiras e Corinthians sofrem com o fogo amigo. No caso, inimigo mesmo. Inimigo interno. Uma oposição que não dá trégua e que faz de tudo para que a gestão não seja boa. Para quê? Para tomar ou retomar o poder. E o clube que sofra as consequências.

O caso mais surpreendente é o do Palmeiras, um clube conhecido culturalmente pela guerra fratricida de suas corrente. A pausa que elegeu Maurício Galiotte, capaz de ser eleito como candidato único, acabou. Paulo Nobre, o ex-presidente e avalista da candidatura Galiotte rompeu com o sucessor. O motivo é a candidatura de Leila Pereira ao conselho. Nobre faz de tudo para inviabilizar a possibilidade de a dona da Crefisa, patrocinadora, se eleja. E pediu que Galiotte a vetasse. Pedido negado.

Nobre teme que Leila tenha uma votação estrondosa e leve consigo, na sua chapa, um grande número de parceiros. O que a tornaria uma candidata forte à sucessão de Galiotte. Uma candidata forte contra ele próprio, Nobre. Com o apoio de Mustafá.

Um clima assim favorece ou prejudica o Palmeiras?

Roberto Andrade sofre uma tentativa de impeachment por haver assinado alguns papeis antes de haver assumido. Algo desproporcional à pena que se propõe. Nas negociações, forçaram o presidente a engolir a volta de Luis Paulo Rosenberg, homem de confiança de Andrés Sanches, o que, em si, já significaria uma grande diminuição de poder. Andrade não aceitou.

Caso Andrade seja derrubado, há uma nova eleição no Conselho. E Paulo Garcia, empresário que tem muitos jogadores no clube, venceria, com apoio de Andrés, seu antigo desafeto? Garcia tem muito dinheiro, o que falta ao clube atualmente.

Um clima assim favorece ou prejudica o Corinthians?

Leco assumiu após a queda de Carlos Miguel Aidar, que tratou o clube como algo privado, como sua propriedade e de sua namorada. Negócios escusos foram denunciados. Foi convocada nova eleição e Leco venceu com facilidade ao folclórico Newton do Chapéu. Foi eleito com apoio do empresário Abílio Diniz, que não é conselheiro, mas que tem influência.

Logo, houve o rompimento entre ambos. As demissões de Alexandre Bourgeois e Milton Cruz desgostaram muito a Abílio, que busca um candidato para enfrentar Leco em abril. Mas, ninguém deseja esperar. Queriam que Leco se submetesse agora às regras aprovadas pelo novo estatuto e que terão validade a partir do novo mandato.

Um clima assim, favorece ou prejudica o São Paulo?

Não seria mais fácil uma trégua até abril? Uma trégua que não impedisse as articulações políticas e a formação de chapas. Não se pede a paz de cemitérios, mas apenas que todos remem juntos até a hora da cisão. O mesmo vale para Corinthians e Palmeiras.

São três gigantes sofrendo com a luta intestina, sem trégua e sem possibilidade de paz.

MILITARIZAÇÃO NO FUTEBOL – O responsável pela arbitragem no Brasil é um coronel. O presidente pelo TJD em Sao Paulo é o delegado Olim, também vereador. E os promotores midiáticos fazem de tudo para acabar com a festa no futebol. Não só no campo, mas também nas ruas.

No caso de Heltton, o gato do Paulista de Jundiaí, o delegado Olim, mesmo antes de ouvir o rapaz, decretou sua culpa. Disse que ele é um criminoso. Uma atitude contestável até se ele estivesse trabalhando na delegacia, tratando de crimes. Não na justiça desportiva, que deve decidir uma punição esportiva. O delegado Olim pode punir o gato no campo esportivo. Não pode prendê-lo, a não ser se fosse um caso de sua jurisdição.

O futebol é algo lúdico, é paixão. Não pode ser conduzido assim, de uma maneira tão restritiva. Basta ver a atuação de grande parte dos árbitros. Se o jogador dá um carrinho criminoso, dá uma facada no fígado do rival, leva amarelo. Se olhar feio para o árbitro, leva vermelho. Desafio à autoridade. E, não por acaso, muitos árbitros são militares também.

 

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Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.


Menon