Jesus, a unanimidade inteligente. E Gabigol também joga muito
Menon
05/02/2017 13h59
Brilhou no Palmeiras, brilhou na seleção e começa a marcar seu nome na competitiva liga inglesa. Kum Aguero já é banco e ali deve continuar.
É a grande unanimidade que está nascendo.
Uma unanimidade que desafia o grande Nelson Rodrigues. Gabriel está se tornando uma unanimidade inteligente. Todos torcem por
ele. Mesmo os que sofreram com sua passagem pelo Palmeiras. É o típico garoto de bem, com boa formação familiar, avesso à máscara. Não é um santo em campo e nem deve ser. Briga pela bola, não afina contra rivais. E tem crescido muito. Acho difícil que tenha uma postura tão inocente como na Libertadores do ano passado, quando reagiu a uma entrada dura de um jogador do Nacional de Montevidéu, reagiu e foi expulso.
Gabriel Jesus está crescendo e todos vibram com o desenvolvimento de jogador promissor em realidade, de bom jogador em craque – um processo ainda não terminado. A transformação é mostrada pela televisão, a cada final de semana. Assim, se constrói uma unanimidade.
A outra unanimidade, sim, é burra. Gabriel Barbosa, o Gabigol, está indo mal na Itália e está sendo tratado como um jogador comum. Como alguém que não sabe jogar bola. O que não é o caso. Ele e Jesus mostravam nível semelhante no Brasil e até acho muito difícil que ele se iguale a Jesus, mas pode render muito mais. Joga muito mais do que está jogando. Do que estão permitindo que jogue. E joga muito menos do que afirma e jura seu empresário, o mesmo que comparou Lulinha com Romário e que chamou Thiago Luiz de Novo Messi.
Ao futebol brasileiro, só fará bem se Gabigol voltar a jogar como jogou no Brasil. E será muito melhor ainda se ele conseguir se desenvolver e alcançar outro nível. Como é totalmente possível.
Gabigol pode voltar à seleção, o que faria muito bem ao Brasil. Comparar um com o outro, querer ofuscar a luta de um pelo sucesso de outro, não é bom. Por que um ou outro? Por que um deve anular o outro?
O Brasil merece os dois. E mais Neymar. E Coutinho…
Sobre o Autor
Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.