Araújo, o presente de Ceni e a covardia do PSG
Menon
08/03/2017 21h39
De: Rogério Ceni
Para: SPFC
É Luiz Araújo, que tem um rendimento em 2017 exponencialmente maior do que no ano passado. Os números mostram. Este ano, já
Era o que antigamente se chamava de pontinha arisco. Driblador, com chute forte, mas não brilhava. Esteve no Novorizontino e pouco fez. Agora, mostra-se um jogador com muito mais repertório. Chuta muito mais. Corre por todo o campo e recua para ajudar a defesa. É o atacante que melhor faz a recomposição. E tem cinco passes decisivos. Ninguém, no elenco, fez tanto.
Logicamente, não é um jogador perfeito. Toma decisões erradas, às vezes chuta quando deveria passar. E vice-versa. Mas, no atual futebol brasileiro, tem tudo para fazer seu nome.
Ceni apostou nele, ao pedir que não fosse para a França, e a resposta tem sido muito boa. Cotia precisa revelar três tipos de jogadores: os que vão para as grandes ligas, como Casemiro e Lucas, os que vão para times menores do Brasil, como o goleiro Léo e os que ficam no clube por muito tempo. Como Jean. E como Luiz Araújo. Já imaginaram quanto custa um jogador assim?
Contra o ABC, o São Paulo finalizou 20 vezes (11 no alvo) e fez três gols. Pratto fez o quarto, todos de cabeça. Poderia ter feito muito mais e decidido a vaga.
Difícil usar o termo "poderia ter decidido a vaga" depois do que o Barcelona fez com o PSG. Com a ajuda do árbitro, sim, mas principalmente com a grande ajuda do PSG, que teve uma atitude medrosa desde o início do jogo. Tinha dez atrás da linha da bola, desde o início. Quem assume posicionamento tão covarde está sujeito a erros do juiz. Se jogasse um pouco mais à frente, talvez não houvesse chance de o árbitro errar nos penais. A covardia deu chance ao erro.
Sobre o Autor
Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.