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Blindagem para os diferenciados Kaká e Thiago Silva

UOL Esporte

10/03/2017 17h35

O jornalista Mateus Silva Alves, um dos membros da troika dirigente do www.chuteirafc.com.br, nos informa que a imprensa francesa está tiririca da vida com Thiago Silva, após o 1 a 6 vexaminoso.

Le Figaro o chama de covarde e o acusa de sumir em jogos importantes. L'Equipe o considera sem condições de ser líder. No Brasil, ele continua sendo o Monstro. O maior zagueiro do mundo. De que mundo? Meigo mundo?

No dia seguinte, Kaká afirmou que gostaria de voltar só São Paulo para ser dirigido por Rogério Ceni. A torcida vibra. E a pergunta que não foi feita: ele tem condições de jogar competitivamente no clube que o revelou?

Aos 35 anos (completa em abril), Kaká inicia sua terceira temporada na MLS. Tem 18 gols marcados em 53 jogos.

São números bons, muito melhores do que os que pôde apresentar no segundo semestre de 2014, quando jogou 24 vezes e fez míseros três gols pelo São Paulo.

Mesmo assim, era elogiadíssimo. Muricy Ramalho dizia que sua presença no clube era benéfica porque sua aplicação nos treinamentos incentivava os jovens a correr.

Falavam de sua importância tática e de sua liderança. Ora, Kaká nunca foi líder. Não se engajou na luta do Bom Senso e, junto com Lucio, transformou a seleção em um centro de adoração a Jesus.

Os elogios a Kaká mascaram o pouco que agregou ao time dentro de campo. E onde deveria fazer a diferença.

Thiago Silva e Kaká pertencem a classe dos diferenciados. Um grupo de jogadores que se expressa muito bem e… não fala nada que mereça um abre de página, como se dizia antigamente. A eles, nada se pergunta. A eles, nunca se criticar.

É proibido dizer que Kaká não tem mais condições de ser destaque no São Paulo. Talvez um coadjuvante.

É proibido dizer que o choro de Thiago Silva, na Copa, foi uma vergonha. Não tem nada de machismo aqui. É normal chorar na derrota. É digno chorar na vitória. O que não pode é um capitão chorar na hora da decisão. Quando ele precisa ser fundamental, quando sua presença pode definir uma vitória. Pode afastar uma derrota.

Aos diferenciados, tudo. Aos outros, o jornalismo.

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Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.


Menon