Tite e Dunga: além da qualidade, a sorte ajuda o Adenor. Suárez está fora
Menon
21/03/2017 06h13
Tite ou Dunga? Nem seria preciso a passagem perfeita de Tite pela seleção, com sete vitórias seguidas – seis na Eliminatória e um
Não há comparação. Tite é um treinador experimentado, que construiu uma carreira a partir de um time pequeno – Guarani de Venâncio Aires – e foi galgando parâmetros como disse Lazzaroni, que um dia também treinou a seleção. A carreira de Tite não foi linear. Teve altos e baixos – chegou a ser despedido do Corinthians – e teve um crescimento enorme no último lustro, a partir da Libertadores e do Mundial ganhos com o Timão.
Dunga, não. Um grande jogador – subavaliado por muita gente, joga mais do que qualquer volante de hoje em dia – um grande líder, recebeu, por seus méritos de jogador, o privilégio de dirigir a seleção na Copa de 2010. Depois disso, teve uma passagem sem brilho pelo Inter e novamente viu cair em seu colo a seleção brasileira.
Além de toda a vantagem de currículo e de conhecimento, Tite tem mais sorte. Em 25 de março do ano passado, o Brasil recebeu o Uruguai pela Eliminatória, em Pernambuco. O Uruguai tinha uma novidade. Depois de uma suspensão de um ano e nove meses por haver mordido o italiano Chelini no Mundial, Luis Suárez, o Pistoleiro estava de volta.
O Brasil fez 2 a 0, com Douglas Costa logo no início e depois com um golaço de Renato Augusto. O Uruguai descontou com gol de Cavani, após receber um passe de cabeça de Sánches. David Luiz, o zagueiro? Ninguém sabe, ninguém viu. E no início do segundo tempo, Suárez correu em diagonal, recebeu uma bola na esquerda, deixou David Luiz na saudade e fez o gol de empate.
Suárez, juntamente com Cavani e Godin, comandou a seleção uruguaia em uma Eliminatória espetacular, longe da agonia dos últimos anos. Chegou à liderança, que foi perdida pela ascensão do Brasil de Tite.
Na quinta-feira, dois dias antes de se completar um ano, as duas seleções se encontrarão novamente, agora no mítico Centenário. E Suarez, depois de sete jogos e três amarelos, está fora.
Ou seja: o grande artilheiro volta contra Dunga e descansa contra Tite.
ZÉ NO RÁDIO – ESTREOU ONTEM O Zé no Rádio, podcast do Zé Trajano na www.central3.com.br . O programa é semanal e sempre conta com um convidado. No primeiro dia, a honra foi minha. Sempre foi um apaixonado por rádio, mas não tive minha carreira neste veículo de comunicação. Sempre fui da escrita. Então, fazer um programa ao lado do Trajano, que é uma referência como jornalista e cidadão me deixou muito alegre. Quem quiser ouvir, está lá no site.
Sobre o Autor
Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.