Clubes brasileiros são dirigidos por bananas. Não merecem Paulo Autuori
Menon
25/03/2017 11h58
Um voto de federação vale 3. Um voto de clube da Série A vale dois. Imaginemos que os clubes de São Paulo se rebelassem contra a CBF. Palmeiras, Corinthians, São Paulo, Ponte Preta e Santos, juntos, teriam dez votos. Amapá, Roraima, Acre e Rondônia, juntos, teriam 12. Se todos os times da Série A se voltassem contra a CBF, teriam 40 votos. Se convencessem os clubes da Série B (cujo peso do voto é um), conseguiriam um total de 60 votos. Muito pouco diante dos 81 votos das federações.
Del Nero não precisa de votos dos clubes para se manter. Precisa apenas dos votos das federações, entidades dirigidas por pessoas sem representatividade alguma. Gente do tipo Coronel Nunes.
Mas o nível dos dirigentes dos clubes não é maior. Se fosse, eles estariam reclamando. Ou, então, estariam rompendo e criando uma Liga que organizasse os campeonatos, deixando a seleção para a CBF. Não fazem nada disso. São uns bananas. Um caso simples é o da data Fifa, quando os campeonatos do mundo param para que as seleções disputem eliminatórias para a Copa. O Brasil não para. O clássico Corinthians x São Paulo não terá Fagner, Cueva e Pratto.
O deputado Otavio Leite, relator do Profut, disse que a assembléia que mudou o peso dos votos é ilegal, por não contar com a presença dos dirigentes dos clubes. Mesmo assim, não tomam posição, não abrem a boca.
O silêncio dos bananas é abjeto.
Eles não merecem um treinador como Paulo Autuori, que, sozinho, enfrenta os desmandos da CBF. "No dia do jogo da seleção brasileira, nós tivemos jogos do campeonato paulista, Fluminense x Botafogo… completamente tapados, público pequeno. Não avisou a imprensa que ia ter essa situação na CBF, deu mais poder às federações, que já tinham e vem falar em democracia? Ele pensa que nós somos otários?"
Somos sim. Otários, dirigidos por bananas. Bananas de pijama, cartolas submissos e indignos do cargo que ocupam. São homúnculos, pigmeus, dirigindo gigantes, verdadeiros representantes da paixão nacional.
Sobre o Autor
Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.