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Kazim imita Vampeta na homofobia. Só falta o futebol

Menon

27/03/2017 10h22

Kazim repete a velha fórmula demagógica e homofóbica para ficar bem com a torcida. Ficaria melhor se marcasse gols. Mas gols são mercadoria rara na carreira do turco-inglês de 31 anos. No Coritiba, foram três. No Corinthians, dois. Na carreira, aproximadamente 60, metade do que fez Rogério Ceni, aproximadamente o meso que fez o paraguaio Chilavert.

Na falta de gols e, no limite, de futebol, Kazim resolveu conquistar a Fiel com demagogia. Brincalhão, logo se identificou – ou aceitou a alcunha – de gringo da favela. E agora, assumiu um papel que caiu bem em Vampeta: o de propagador do apelido bambi. Vampeta inventou a troça que se propagou, foi inventivo. E jogava muita bola. Um jogador de alto nível, que não precisava fazer besteira para ser ídolo. Kazim, não. É ruim de bola a ele só lhe resta a patacoada.

Mesmo sem jogar, Kazim levou a homofobia ao clássico. Maicon, que já havia encrespado com ele na Copa da Flórida, imitou uma galinha ao fazer o gol do São Paulo. Depois, não teve coragem de assumir. Aliás, eu não entendo o apelido de galinha para o Corinthians. O clube, em sua história, não tem passagens de amarelão, como o River Plate.

Dentro de campo, não vejo nada de errado em provocação. A rebolada de Edmundo, a embaixadinha de Edílson. Não gosto de provocações que envolvam racismo, homofobia, insultos. Ah, o futebol está chato…Chato para você que não é chamado de macaco, preto safado, viado… Fora dele, de caso pensado, é coisa que só atrapalha o futebol. Como Wellington fez. Como Kazim fez.

EDER JOFRE COMPLETOU 81 ANOS. ELE É o maior esportista brasileiro fora do futebol. É o segundo maior esportista brasileiro de todos os tempos, em uma dura batalha com Adhemar Ferreira da Silva, o bicampeão olímpico do salto triplo. A capa da revista The Ring a referência quando se fala de imprensa especializada em boxe, de 1963, é emblemática. Eder Jofre na capa e a pergunta: "o melhor lutador do mundo"?

Então, ele já era campeão mundial desde 1960, com 24 anos. Ouça aqui, trechos da narração da luta, na voz do espetacular Flávio Araújo (clique aqui para ouvir).

Eder lutou 81 vezes e ganhou 75, 52 delas por nocaute. Empatou quatro vezes e preerdeu duas. Foi campeão mundial nos galos e também nos penas.

Tenho duas lembranças espetaculares de Eder Jofre. Em 1965 e 1966, ele perdeu suas duas lutas, para o japonês Masahiko Fighting Harada. No ginásio Padre Geraldo Lourenço, grande parte dos alunos não foi para a aula. Ficamos parados na quadra do colégio, com um radio de pilhas ouvindo Flávio Araújo. Dando murros no ar, vibrando com Eder no Japão. E alguns até choramos com a derrota. Inesquecível.

Em 2010, tive a honra de entrevistá-lo para a Revista ESPN. Ele tinha 74 anos e foi muito solícito. Estava muito triste por conta de uma doença de Cidinha, sua mulher. No final da entrevista, tirei uma foto e fiz um pedido inusitado, que logo se revelou imbecil. Pedi que o velhinho desse um murro na minha mão. Ele me olhou com surpresa e perguntou se eu estava certo disso? Disse que sim. E veio o murro. Um absurdo, a força dele. Minha mão ficou dormente por um bom tempo.

Olha, Eder Jofre devia estar lá no alto do blog, não o tal Kazim.

LEMBRAM QUE OUTRO DIA EU CHAMEI LUSA X JUVENTUS DE CLÁSSICO DO AMOR? POIS é, o nome verdadeiro deveria ser clássico da paixão, da alucinação, porque é preciso muita paixão e muita loucura para torcer pelos dois times. Como são ruins! Menos mal que no final de semana deram um passo a mais para fugir do rebaixamento. O Juventus foi a Piracicaba e empatou com o XV e a Lusa venceu a União Barbarense, no Canindé. Haja, amor.

FRANCA, A CAPITAL DO BASQUETE Está muito feliz. O time tem feito um segundo turno impecável no NBB. Foram 10 vitórias e duas derrotas. Está em quinto lugar no campeonato, empatado com Bauru. Faltam dois jogos e ainda há a possibilidade de classificação entre os quatro, o que leva a equipe diretamente às quartas-de-final. Nas últimas partidas tem brilhado o armador Alexei, revelado no clube. Ele assumiu a posição após uma contusão de Coelho e tem correspondido com brilhantismo. Contra o Minas, foram 15 pontos, oito assistencias e cinco rebotes. O Pedrocão vai ferver nas duas últimas partidas, contra Campo Mourão e Mogi.

 

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Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.


Menon