Timão, ótimo. Para Andorra ou San Marino
Menon
01/04/2017 20h57
Santa Coloma já teve muitos uniformes e nenhum futebol
O Corinthians tem totais condições de vencer o Paulistão. Empatou fora de casa com o Botafogo e tem o pé nas semifinais. Lá, é muito provável que encontre os outros três gigantes do estado. E, na primeira fase, ganhou de dois deles. E empatou com o outro. Teve um aproveitamento de 77,77%. Espetacular.
Não falo apenas dos números. O Corinthians tem um sistema defensivo muito forte. Sofreu apenas nove gols em 13 jogos. Ele pode vencer partidas fazendo poucos gols. Tem sido assim. Então, não há o que duvidar. É candidato. Pode ser campeão.
Se for, será um campeão que dá sono. Um campeão que pratica um futebol que tem a imaginação de um contador. Tem a animação de um baile onde é permitido dançar apenas com a irmã. A própria, não a dos outros.
Uma comparação com escolas de samba mostraria que o defeito do Corinthians é a evolução. Não existe. Desde o primeiro jogo é esse rame rame. Movimentação fraca, pouca velocidade, nada de ultrapassagem pelos lados. Pouca aproximação ofensiva dos volantes.
Pode melhorar com Clayton. Gosto dele, é um jogador rápido, capaz de quebrar a última linha rival. Pode melhorar a medida que Jadson melhore. E ele foi mal em Ribeirão. Pode melhorar com a chegada de Valdívia.
Pode tudo. Pode até ser campeão. Um campeão legítimo, sem contestação. Como tantos outros. No Brasil e lá fora.
Como o Santa Coloma, de Andorra. Ou o Libertas, de San Marino. Um campeão para ficar nos livros, nas estatísticas, nos almanaques e até no coração do torcedor, por que não? Os corintianos adoram a mística do sofrimento, o lero lero de que para nós é tudo mais difícil. Respeito. Mas que é um sacrifício ver o Corinthians de Carille jogar, ah não tenha dúvidas.
Sobre o Autor
Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.