Timão ganha fácil e acaba com a lua de mel de Ceni
Menon
16/04/2017 21h13
O Corinthians está com um pé na final do Paulista. Não tanto por suas qualidades – e o time está melhorando a cada partida, é bom que se diga – mas pelo estilo monotemático do adversário. O São Paulo, uma vez mais, mostrou que não tem ideias. Pelo menos, não tem ideias efetivas para superar um time bem montado na defesa. E, após as derrotas – Cruzeiro e Corinthians – o mimimi é o mesmo. "Eles acharam um gol, nós jogamos mais, pressionamos, mas não tem nada fechado ainda, podemos reverter", disseram Gilberto na quinta-feira, Rodrigo Caio na sexta (ou sábado?) e Luiz Araújo no domingo.
A única arma do time, após estar perdendo, é apostar nos cruzamentos. Ceni coloca dois centroavantes e tome bola na área. Contra o Cruzeiro, foram 35. Contra o Corinthians, 37. Um total de 72, com apenas 16 acertos. Apenas 22% de efetividade.
O Corinthians, não. Está muito bem montado. Seus zagueiros são bem protegidos. O meio campo é bem povoado. E as boas jogadas, com bola rolando, estão se tornando constante. Carille foi muito melhor que Ceni. Jadson ajudou Fagner a segurar Araújo. Será que precisava da dobra? Araújo está muito mal. Arana e Romero seguraram Nem. O São Paulo ficou manietado e o meio campo foi corintiano. Então, Nem machucou e Ceni colocou Cícero, que estava fora da jogada nos dois gols. Recomposição zero. Seria mais correto colocar alguém mais combativo por ali.
Foi mal, o Ceni. Praticamente eliminado duas vezes em quatro dias. E com derrotas vindo da falta de ideias. Como Bauza engessou o time no 4-2-3-1, ele engessa no 4-3-3 com dois pontas espetados. Acabou o encanto. Eles são anulados e o time não anda. E a torcida já começa a questionar o trabalho de seu ídolo. Nas arquibancadas, ainda não. Nas redes sociais, sim.
Foi bem, o Carille. Muito melhor que Ceni. Depois de quatro meses de trabalho, ele apresenta um time com identidade, com personalidade e com muitas chances de se classificar na Copa do Brasil e no Paulistão.
Sobre o Autor
Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.