O Brasil mata Garrincha de novo
Menon
31/05/2017 10h13
O Brasil se supera no desrespeito à sua história, a cada dia, a cada momento. O ápice era permitir o roubo da taça Jules Rimet. Agora, isso. Um dos maiores jogadores do Brasil, para mim, o segundo, um dos maiores jogadores do mundo, sem dúvida um dos dez, simplesmente desaparece do cemitério.
Se pelo menos fosse um conto de realismo fantástico em que, cansado de solidão, Garrincha tivesse saído da cova, dado um drible no coveiro e estivesse por aí, tomando uma, vendo um show da Elza Soares, jogando uma pelada, dormindo com uma pelada…
Mas não é nada disso. O Brasil não é realismo fantástico. É tristeza mesmo. O corpo do grande craque, da Alegria do Povo, foi retirado da cova há dez anos para dar lugar a um outro desvalido. E ninguém sabe onde está.
O Brasil está doente ou somos essa merda mesmo?
Sobre o Autor
Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.