Timão vence com justiça e ajuda da zaga tricolor
Menon
11/06/2017 18h14
O Corinthians teve o controle de grande parte do clássico, se aproveitou disso e venceu a bela partida. E foi ajudado pela fragilidade da zaga tricolor. É um setor fundamental para equipes equilibradas. E equilíbrio sobra no Corinthians e falta no São Paulo.
Desde o início, o Corinthians dominou. Aproveitou-se de uma escalação muito defensiva e foi para cima. Obrigou Marcinho a jogar realmente como lateral, sofrendo com Romero e Arana. E quando o primeiro gol saiu, fazia jus à velha expressão: "estava maduro". Um lindo passe de Marquinhos Gabriel para a entrada em diagonal de Romero, um jogador subavaliado.
O São Paulo se mexeu. Cícero e Militão avançaram, o time passou a trocar passes e empatou, com a cabeçada de Gilberto. A partir daí, o jogo mudou. O Corinthians é que passou a apostar no contra-ataque, contra um São Paulo que controlava a partida.
Então, Maicon, avançado, errou um passe bisonho. Ridículo. Houve o contra-ataque, pela direita, houve cobertura ruim de Douglas e houve erro de Lucão. Renan Ribeiro não errou e muito menos Gabriel.
No segundo tempo, o São Paulo fez uma linha de quatro, com Bruno em lugar de Lucão. Marcinho passou a jogar adiantado. Passou a incomodar e não ser incomodado por Arana.
O Corinthians recuou, mas tinha o jogo nas mãos. E fez o terceiro, após uma linda troca de passes que terminou com pênalti de Douglas em Jô. Jadson deu susto, mas marcou.
Ceni colocou Thomaz e Wellington Nem. Carille colocou Clayton e Clayson. E o jogo ficou suicida para o São Paulo, com um 4-2-4 que permitia escapadas de Jô pela esquerda. Poderia fazer um gol, poderia sofrer dois.
E fez, com Nem. E partiu para o abafa, com a defesa aberta. Poderia empatar. Poderia levar o quarto. Nada aconteceu. O Corinthians venceu, como a lógica apontava. É um time mais bem montado, mais bem treinado e jogando em casa. O São Paulo fez uma partida digna. Mas não tem dignidade que resista a zagueirada ruim.
Sobre o Autor
Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.