Leco merece crítica honesta e não picuinhas e ódio grátis
Menon
15/07/2017 13h25
A foto que dá razão ao post foi publicada no Blog do São Paulo. Ótima foto, não publico o nome do autor porque não
A foto mostra Leco, presidente do São Paulo, almoçando com Ataíde Gil Guerreiro, ex-vice-presidente de futebol e conselheiro afastado. Mostra também dois velhos amigos conversando. Pode ser por alguma conquista profissional dos filhos, pode ser pela situação política do Brasil, mas, provavelmente é pela situação horrível do São Paulo.
A publicação da foto foi suficiente para que as redes sociais fossem inundadas por críticas e por ódio. Basicamente, os argumentos são os seguintes: o presidente é remunerado, está em hora de almoço e está conversando com um dirigente afastado do clube. Por isso, o clube está tão mal, é uma prova a mais de má gestão e ofensas que não publicarei aqui, por considerá-las exemplos de falta de caráter.
As críticas à gestão de Leco são corretas. Muitas delas. Eu considero um absurdo, depois de todo o susto passado no ano passado, o time estar sendo remontado com o campeonato em andamento. Foi um risco assumido. A a conta está aí, pronta a ser paga. Teremos mesmo a troca de Rodrigo Caio por Aderlan? Jonathan Gómez joga mais do que mostrou nos dois primeiros jogos? E muito mais coisa. Todo mundo tem uma crítica a Leco e quase todas, quando se fala de futebol, estão corretas. Mesmo quando ele acha que não tem culpa de nada.
Mas Leco tem o direito de almoçar com quem quiser e a hora que quiser. Ataíde não é um criminoso. Leco, também não. Ataíde foi expulso do conselho de maneira totalmente injusta. Ele gravou Aidar confessando tramoias e Opice Blum, em busca de viabilidade eleitoral expulsou os dois.
Quando se critica sem razão e sem medidas, quando se critica destilando ódio nas redes sociais, as críticas verdadeiras perdem força. Há o perigo de serem consideradas tão fúteis quanto o que se escreveu da foto.
Sobre o Autor
Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.