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Santos pensa torrar fortuna com Diego e Robinho. Gestão nota zero

Menon

08/08/2017 15h28

Leio na MATÉRIA dos trepidantes  Samir Carvalho e Vinícius Castro que o Santos pensa em gastar parte dos R$ 50 milhões que poderá receber, pelo mecanismo de solidariedade devido à venda de Neymar do Barcelona para o PSG, na contratação de Diego. E de Robinho também, embora haja relutância pelo fato de a saída do jogador em 2015 tenha criado arestas.

Nem recebeu e já pensa onde gastar. Típico da gestão dos clubes brasileiros. Típico também de Modesto Roma Jr., que mandou uma carta à CBF acusando o repórter Eric Faria de haver prejudicado o clube no jogo contra o Flamengo. Disse que tinha imagens. Tinha nada. Pagou um mico e pode ser suspenso. É a chamada mão nervosa, boca nervosa, escrever ou falar antes de ver se há verdade no caso. Ejaculação precoce.

Um clube com dificuldades financeiras, com um estádio que nunca enche, apesar de ser minúsculo, deveria ter muitas outras prioridades antes de gastar a herança inesperada. Reformar a Vila? Criar um novo Centro de Treinamentos? Guardar o dinheiro por um ano até que o mercado se estabilize novamente e que qualquer tentativa de contratação do Peixe seja inflacionada de maneira irreal?

Esse déja vu dos clubes brasileiros é terrível. O Profeta de hoje é o mesmo Hernanes da década passada? O Diego que o Santos quer é aquele de 2002 ou esse que recebe as primeiras vaias da torcida do Flamengo? E Robinho? É o das pedaladas ou é o meia atual, que se mantém no Atlético mais pelo nome do que pelo rendimento atual? Podem ajudar, é lógico, mas nada será como antes.

Por que contratar Robinho? O Santos ainda deve a ele e tem reuniões constantes com a sua advogada para resolver o assunto. Não existe um novo Cazares por aí, alguém ainda desconhecido? Na base, não há um novo Robinho de 2002? Um novo Diego de 2002? O garoto Rodrygo, por exemplo?O que me assustou também foi saber que Lucas Lima recebe R$ 650 mil por mês.

A história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa, disse Karl Marx. Os clubes brasileiros deveriam pensar nisso e não repetir o comportamento dos solitários onanísticos que, ao receberem uma herança inesperada, correm até a agenda e discam velhos números de velhas amantes. Algumas atendem, outras mudaram o número, outras morreram.

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Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.


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