Palmeiras vence pela avenida Buffarini, como previsto
Menon
27/08/2017 18h30
Não se trata aqui de menosprezar a vitória do Palmeiras, que é um time melhor e que tem um elenco melhor. Antes do terceiro gol, por exemplo, Cuca colocaria Roger Guedes, mais um homem de lado. Tem elenco e sabe usar. O ponto é mostrar que a deficiência é conhecida por todos e que o São Paulo não tem como corrigir. O reserva Bruno foi responsável pela derrota contra o Coritiba. E Araruna, levou um baile do Bahia.
O São Paulo se aproveitou do meio-campo do Palmeiras ter mais toque do que pegada e fez o primeiro gol, com um belo passe de Pratto para Marcos Guilherme. O time se fechou atrás e teve a chance de fazer o segundo, também com Marcos Guilherme, que acertou a trave. Pratto, muito participativo, saiu após cabecear o joelho de Hernanes.
O Palmeiras virou, com dois gols pela esquerda. Michel Bastos cruzou para Willian. E, logo em seguida, o Bigode fez outro lindo gol, também pela esquerda, em chute cruzado. Buffarini, Arboleda e Cueva, às vezes, tentavam fechar o setor, mas não conseguiam.
O empate veio em nova falha da defesa do Palmeiras. Buffarini acertou um cruzamento, Hernanes, marcado, subiu, matou no peito e chutou na caída da bola.
Cuca mudou o jogo aos 15 minutos. Colocou Keno em lugar de Bruno Henrique. Todos os 33 mil no campo e todos os outros, em frente da televisão, sabiam o motivo. Iria apostar ainda mais no lado esquerdo do ataque. Keno x Buffarini. Pior que Mayweather x McGregor.
E saíram mais gols. Deyverson, na esquerda, tocou para Keno. Belo gol. E Tchê Tchê abriu linda bola na esquerda, para Willian, que serviu Hyoran.
Quatro gols pela esquerda. Mérito de Cuca que viu a avenida que todo mundo viu, menos Dorival.
Detalhe: após o terceiro gol, o São Paulo tentou reagir com…Denílson.
Não daria certo.
Sobre o Autor
Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.