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Felipe Melo, Cícero, Kazim, Leandro Donizete...é muita incompetência

Menon

30/08/2017 10h47

Há muito, eu considero o nível dos cartolas muito inferior ao do futebol brasileiro. O que se vê em campo é muito pior do que o que se sente fora dele. Pois tanto eles fizeram que tudo se igualou. Conseguiram baixar o nível do futebol praticado aqui, com sua subserviência a Marco Polo, Marin etc e com sua falta de ideias modernas. E não sossegam. Continuam fazendo besteiras. Fazem nos clubes o que seria motivo de demissão em suas indústrias. E os exemplos não param. Há alguns bem recentes.

Felipe Melo – Tudo indica que será reintegrado ao Palmeiras e que não será utilizado por Cuca. A frase é estranha, não? Ela permite duas perguntas. 1) Se vai ser reintegrado, por que foi afastado? 2) Se não vai ser utilizado, por que vai ser reintegrado? É o gran finale de uma comédia de erros. Melo foi contratado em janeiro, somando-se ao elenco que seria comandado por Eduardo Baptista, que veio em dezembro. Teve status de titular indiscutível, atuando bem recuado, algumas vezes até como um terceiro zagueiro. Adaptou-se bem ao que o treinador queria.

Mas, se em campo, tudo estava bem, fora dele começaram as confusões. Houve a promessa de dar tapa na cara de uruguaio, cumprida em excesso. Foi murro e não tapa. Houve um trote em Roger Guedes, que não gostou, e foi chamado, em um treino, de moleque que não respeitava o currículo de Melo. Tudo era contornado. Em maio, Eduardo Baptista saiu e Cuca assumiu. Ele veio com fama de Salvador, dono da razão e de todas as vontades. Implantou um novo estilo de jogo, com volantes mais participativos, nada de esperar. A ordem é "caçar" o adversário, com velocidade. Melo não se adaptou e perdeu a posição.

Seu comportamento não foi aceitável. Ofendeu Cuca em uma festa, sem a presença do treinador, e foi afastado do elenco palmeirense. Deveria treinar separado dos companheiros. Seu advogado acenou com um processo por assédio moral, que levaria à rescisão unilateral. E o Palmeiras o tem de volta. Para não perder o jogador, vai continuar pagando altos salários a quem não será utilizado. E cabem outras perguntas. 1) Se Cuca tem toda razão em não querer trabalhar com quem o ofendeu, não poderia ter sido mais maleável e trabalhar com quem não se enquadra em seu esquema? Não poderia ficar no banco e entrar em um jogo ou outro, conforme a necessidade da partida? 2) Pnor que um treinador tem tanto poder assim? 3) Há mercado para um jogador de 33 anos, de ótimo currículo e que demonstrou ser líder de si mesmo e não do grupo?

Cícero – Chegou ao São Paulo como um pedido de Rogério Ceni, que o considerava perfeito para fazer o papel de um dos dois volantes "de saída" que ajudam na marcação e chegam ao ataque. Não cumpriu, foi para a reserva e agora foi afastado pelos dirigentes e por Dorival Jr. O mesmo que fizeram com Wesley, que foi para o Sport. Mas Cícero já havia participado de dez jogos e não poderia ir para algum clube da Série A. Dificilmente alguma equipe da Série B assumiria os R$ 200 mil mensais que o São Paulo paga por mês a ele. Os outros R$ 300 mil saem dos cofres do Fluminense. Não houve a possibilidade de sair para outro país. E Cícero continuará até o final do ano São Paulo sem ser utilizado. E são três as reflexões: 1) precisava ter afastado o jogador sem saber se haveria possibilidade de colocá-lo em outro clube? 2) Não seria melhor deixar como estava, na reserva, sem ser utilizado, à espera de alguma oportunidade por conta de cartões ou contusões dos companheiros? 3) Em algum outro lugar do mundo, há uma situação tão bizarra assim: dois clubes pagam o caro salário de um jogador, que vai ficar treinando e apurando a forma para atuar em um terceiro time daqui a alguns meses.

Kazim – Foi indicado por Fábio Carille e aprovado pelo departamento de estatística do clube. Ou vice-versa. No caso, a ordem dos fatores não altera o produto. O certo, com evidente clareza é que o turco não tem condição técnica para jogar no Corinthians. E isso precisava ter sido visto antes da contratação. Quantos vídeos, quantos jogos in loco foram vistos antes de se consumar o grande erro?

Leandro Donizete – Foi um pedido de Dorival Jr., que o levou para o Coritiba e que tentou sua contratação pelo Flamengo. Tudo o que ele faz e tudo o que ele não faz pode ser feito e não feito por Alisson, que já estava ali e não custava nada, além de ganhar bem menos. E o que se tem certeza é o seguinte: se o São Paulo não cair, se Dorival continuar e pedir, alguém contratará o Marechal.

Afinal, em todos os casos, o que se pode perguntar é o seguinte: e se o dinheiro fosse de quem contratou, seria gasto assim, com tanta margem para risco?

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Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.


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