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Diego, a estranha aposta de Tite

Menon

28/09/2017 14h18

É difícil contestar escolhas de Tite. Lembremo-nos (uma ênclise para homenagear o homem dos 3%) de Paulinho. Paulinho, que foi mal na Copa, que foi mal no Tottenham e que estava lá na China. Pois o Tite o convocou e Paulinho não só se tornou intocável na seleção, por mérito e não por afeto, como foi para o Barcelona, para desespero de Raktic.

Tite como eu (grande coisa) não é adepto do clichê "seleção é momento". O treinador tem todo o direito de discordar de seus colegas de clube. Se ele acha que Fulano, que está na reserva de Beltrano, é bom, tem o direito de convocar. Seleção é outra coisa, tem tempo para treinar e o treinador pode impor seus conceitos e métodos de trabalho.

Por esse princípio, não se deve contestar a convocação de Diego. Tite o considera talentoso, maduro e como um jogador em que a camisa da seleção não pesa nada. E o convocou. Para provar que está certo, é necessário que Diego jogue muito mais do que está jogando há um bom tempo.

E, cá entre nós, Diego nunca foi um protagonista do futebol brasileiro. Surgiu em 2002, teve chances, mas nunca se ombreou a Kaká, por exemplo. Bem, Kaká foi o melhor do mundo, então falemos de Michel Bastos ou de William. Diego nunca teve, na seleção, um desempenho como o deles. E sua ausência nunca foi considerada uma injustiça.

Na volta ao Brasil, foi tratado pela torcida do Flamengo como o superastro que nunca foi. E nunca jogou à altura das enormes expectativas dos rubro-negros. Enorme e injustificada. Agora, passado um tempo, fica a pergunta: onde está o poder de finalização, onde está o passe vertical, onde está a quebra de linhas, e até, onde está a eficiência na cobrança de pênaltis.

Tomara que tudo isso apareça na seleção, sob as batutas de Tite.

Surpreende-me-mei. Uma mesóclise para homenagear o homem dos 3%.

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Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.


Menon