Homem paga e não entra. Porco não paga e entra
Menon
16/10/2017 10h11
Três vexames em Goiânia, mostrando a fragilidade organizacional do futebol brasileiro.
O Dragão talvez esteja com o porquinho cheio de dinheiro e resolveu jogar em seu estádio, com capacidade para 14 mil pessoas em vez do Serra Dourada, onde cabem 42 mil pagantes.
Quando o estádio estava praticamente lotado, a PM fechou os portões. 12600 entraram e muita gente não entrou.
Normal, a não ser por um mínimo detalhe: muita gente que pagou ingresso ficou de fora.
Ou seja, foi roubado.
O presidente Jovair Arantes fez o que sabe: colocou a culpa em quem estava sendo roubado.
A culpa é da vítima.
E, na arquibancada, torcedores do Palmeiras mostravam um porco vivo.
Na verdade, torturavam um animal.
Como é possível entrar em um estádio com um porco. Como o policiamento não vê? Os policiais estavam preocupados em impedir seres humanos com ingresso na mão de entrar no estádio e não viram o porquinho?
O terceiro vexame é do Coronel Marinho? Como o árbitro não viu o empurrão de Dudu no lateral do Dragão no primeiro gol?
É pior do que não ver o porco.
A CBF, a PM, o Coronel Marinho e o Jovair fazem de tudo para transformar o futebol brasileiro em uma porcaria.
Sobre o Autor
Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.