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Cruzeiro está enrolando o São Paulo

Menon

14/12/2017 16h09

Transações entre clubes grandes envolvem negociações espinhosas, principalmente quando envolvem jogadores e não apenas dinheiro. Cada clube pensa em seu lado, cada uma quer puxar a sardinha para sua brasa. Não é o caso da saída de Hudson do São Paulo para o Cruzeiro. Neste caso, o Cruzeiro pensa no seu lado. E o São Paulo pensa no lado…do Cruzeiro.

Terminou o empréstimo do jogador. O Cruzeiro deveria pagar 1,5 milhão de euros para ficar com ele. Ou melhor, com metade dele, como é comum nas negociações tipo pizza de hoje em dia. O Cruzeiro pediu desconto e o São Paulo se negou. O Cruzeiro então se comprometeu a pagar o valor acordado em contrato. Mas, ao saber que o jogador tem 29 anos, perdeu o apoio de um investidor.

Então, tudo resolvido. Não tem dinheiro, o jogador volta.

Nada.

A partir daí, começou a fase da troca. O São Paulo pediu Ariel Cabral ou Alisson. O Cruzeiro negou. Ofereceu Rafael Marques, que fracassou lá, como havia fracassado cá, no Palmeiras. Depois, Fabrício Bruno e agora Lucca, em uma negociação triangular com o Corinthians, que detém 60% dos direitos do jogador.

E se não der? Algum outro nome?

Entendem? A negociação é feita a partir de um fato consumado: Hudson vai para o Cruzeiro. E então, vamos dar um jeito de isso dar certo. O São Paulo faz de tudo para arrumar o quebra cabeças e ajudar o Cruzeiro a ficar com o jogador.

A postura correta é oferecer Hudson como moeda de troca para ter Scarpa, do Fluminense, que está quase certo com o Palmeiras. Lógico, pois o Palmeiras tem mais e melhores jogadores para oferecer em uma troca. Mas se você oferecer Hudson, mais Bruno e Reinaldo, por exemplo, a negociação poderia mudar. A proposta do São Paulo seria boa, o clube conseguiria ser ouvido. Mas, não. Primeiro é necessário acertar a questão do…Cruzeiro.

O mercado é predatório. E o São Paulo é uma mocinha virgem.

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Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.


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