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As dúvidas de Gabigol, o melhor nome do mercado

Menon

20/12/2017 10h31

Os solertes Bruno Grossi, Samir Carvalho e Thiago Fernandes, três dos mais trepidantes repórteres do UOL, dizem que Gabigol está dando preferência ao Santos, em seu retorno ao Brasil, porque decidiu que não é hora de arriscar. Prefere a segurança do time em que começou a carreira, após os fracassos seguidos na Inter e no Benfica.

Está certo o Gabigol, principalmente porque o Santos é um grande clube, que não deve nada a São Paulo e Cruzeiro, os outros concorrentes. Mas o que levou um jogador a ter de buscar um porto seguro para reiniciar a carreira, aos 21 anos?

A falta de maturidade é a resposta. Gabigol é dono de uma máscara imensa. E, ao se deparar com um mundo novo, com mais exigências, não soube responder. Nada de humildade. Não aceitou a reserva. Não teve força mental para superar a adversidade. Se é que viver em Milão, tendo como objetivo se esforçar por uma meta, pode ser chamado de adversidade. E como time europeu não tem paciência (ela é inversamente proporcional à situação financeira da entidade), o Inter não quis mais.

Foi para o Benfica e o roteiro indicava um lindo campeonato, a recuperação e a volta à Itália. Nada disso. Novo fracasso. Comparemos com Casemiro, que jogou um pouco no Real Madrid, foi emprestado ao Porto e voltou para se consagrar como um dos melhores do mundo na posição.

Gabigol não conseguiu. Talvez ele tenha tido pouca paciência para provar que pode se comparar a Gabriel Jesus, que saiu do Brasil na mesma época, quando ainda havia dúvidas sobre qual deles frutificaria na seleção. Talvez os empresários tenham dito que ele não precisava se esforçar, que ele era o Gabigol, a última bolacha do pacote. Se a Inter não quer, tem quem queira.

Agora, em baixa, Gabigol é, a meu ver, a grande pedida do mercado. Quem o trouxer, pode recuperar um jogador que tem tudo para ser ainda de alto nível. Alguém que terá, ao final de 2018, completado dois anos marcando passo na carreira: um ano perdido na Europa e outro tentando se recuperar.

E o mais importante, para que ele ressurja no futebol, é o jogador entender seu novo (velho?) clube como um novo parceiro de vida. Alguém que lhe deu a mão. Se considerar sua volta como um favor ao novo patrão, como um favor ao mundo, Gabigol continuará por aqui, nos alegrando, por muito tempo.

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Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.


Menon