Santos é rabeira no Grupo da Morte
Menon
01/03/2018 21h28
O Grupo 6 da Libertadores bem que poderia merecer o título de Grupo da Morte. Ele agrupa três clubes com dez títulos na competição: três do Santos, três do Nacional e quatro do Estudiantes de La Plata. Três gigantes, com muita história, lutando por duas vagas. A chave da classificação, uma delas, seria não perder, ou perder poucos pontos diante d Real Garcilaso, o patinho feio.
E logo na primeira rodada, o time peruano da linda Cusco e que, em seu nome, homenageia o escritor Inca Garcilaso de La Vega, é apenas e simplesmente o líder. Para isso, aproveitou-se do empate entre Nacional e Estudiantes, em Montevidéu, e da sua clara e justa vitória sobre o Santos, por 2 x 0.
A chave do jogo foi mostrada desde o início: muita velocidade pelos lados e muitos chutes a gol, aproveitando-se da velocidade que a bola ganha a 3400 metros acima do nível do mar. Tática simples, pedra cantada, que o Santos não conseguiu decifrar e nem evitar. Com onze minutos, Santillán bailou na frente de Daniel Guedes e cruzou rasteiro. Vidales se antecipou a Jean Motta e marcou. O Santos reagiu cinco minutos depois, com passe de Sasha e Gabigol errou. No segundo tempo, foi Vecchio que errou, após novo passe de Sasha. E praticamente só.
O site footstats apontou 56% de posse de bola para o Santos e cinco finalizações, apenas uma no alvo. Os peruanos, com 44% de posse de bola, chutaram 23 vezes e acertaram nove no alvo. Um outro número revelador é a troca de passes. O Santos, com mais pose de bola, trocou 491 passes contra apenas 295 do Garcilaso. Ou seja, um time tentava dar ritmo lento ao jogo e o outro esticava bolas para dar mais velocidade ao jogo.
No final, um lindo gol de Ramúa, de longe, muito longe, matou o jogo.
Jair Ventura fez substituições para virar o jogo, mas foi pouco ousado. No final, colocou Rodrygo em lugar de Sasha. Poderia ter tirado Renato ou Alisson. Sua ideia era não se abrir na defesa? Não adiantou. O segundo gol saiu sete minutos depois.
O Grupo da Morte tem um novo integrante. E o Santos precisa vencer o Nacional na segunda rodada, lá na Vila.
Sobre o Autor
Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.